outubro 30, 2007

"Caminhando e cantando e seguindo a canção..."

"Somos todos iguais, braços dados ou não..."

"Somos todos soldados, armados ou não..."

A música? O hino contra a repressão da ditadura: "Pra não dizer que não falei de flores", Geraldo Vandré. O porquê? Um trabalho sobre os anos 60. Que me fez refletir e muito, tanto que estou aqui, falando sobre ele. Eu não imaginava a gravidade do que aconteceu naquela época. Na verdade eu imaginava, mas não dava importância. Estudantes que foram mortos, cantores que foram exilados, gente que ia contra os militares sendo vítima de lavagem cerebral. Que terror foi aquele? Nessas horas é fácil afirmar que o "demo subiu à Terra", ou mais precisamente, ao Brasil. As imagens de gente sendo espancada, soldados arrombando portas, tudo não sai da minha cabeça. E duas frases que minha colega disse hoje, também não saem:

"Se temos a liberdade de expressão que temos hoje, foi graças à esse período de ditadura. E nessa época as pessoas se uniam contra a repressão, tinham atitude para contestá-la."

E bem, não é mais pura verdade? Pior: se for pensar, antigamente passamos pela fase do individualismo também. Foi preciso uma crise grandiosa como essa, para que todos se sentissem incomodados e se unissem contra isso? Quer dizer, pra gente escapar do invidividualismo atual precisaremos passar por uma crise semelhante à essa? Como um ciclo, até a gente aprender que sozinhos não somos nada?

"Um grão de arroz pode virar a balança, um homem pode ser a diferença entre a vitória e a derrota."

Raro. Muito raro e todos nós sabemos disso, ainda mais no mundo globalizado e capitalista em que vivemos. Quem ousaria se opor sozinho a todas as injustiças que vem sido cometidas nos dias atuais? Poderia essa pessoa fazer ser ouvida, sem ser julgada de insana ou sofrer ameaças depois? Será que nós nos importaríamos? Será que não continuaríamos seguindo nossas vidinhas, nos conformando com toda a sujeira que existe hoje? Complicado. Muitíssimo complicado.

"Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer..."

Eu realmente queria ter presenciado os acontecimentos emocionantes de antigamente. Onde as coisas importantes não eram superficiais ou vulgarizadas como são hoje em dia. Onde as pessoas pareciam ser mais felizes e muito mais unidas. Eu realmente queria/quero poder fazer alguma coisa...

Pós-"Quase Twister"

"Nunca tinha visto um céu verde!" E ontem o céu ficou verde! Verde, mas tão verde que parecia aquela cena do Twister em que o furacão está pra chegar. Foi o que eu pensei na hora. Caos. Alçapão. Vento destelhando casas. E a MINHA casa? Nunca passei tanto medo como na tempestade de ontem. O vento vinha de todos os lados, a chuva encharcava se ficasse exposto por 10 segundos. Aí começou a amenizar. Alívio!

Sabe aquela frase "Depois de uma tempestade o sol sempre volta a aparecer"? Eu senti isso ontem. Literalmente.

outubro 22, 2007

S.R.C.

Rejeição sf Ato de rejeitar.

Rejeitar v 1 Não aceitar; repelir. 2 Desprezar; não querer para si. 3 Vomitar 4 Negar-se (o organismo) a aceitar transplante ou enxerto (de tecido ou órgão).

Fonte: Minidicionário Ruth Rocha

Se eu inventei esse nome não sei, se eu plagiei alguém também não sei, até porque é muita criatividade de minha parte. O que vem a ser S.R.C.? Será que só vem na TPM? Será que é mais uma loucura minha? (Pra essa eu tenho a resposta hahahahahaahahaha). Pois bem. Síndrome de Rejeição Crônica. Pode ter ficado redundante, pois toda síndrome é crônica, mas e daí? É a tal da ênfase (LOL). Alguns sintomas: paranóia de que não entra em nenhum tipo de grupo, insegurança, sentimento de incompreensão (putza isso é muito emo), isolamento e essas coisas bem emos. Estão vendo? Eu mesma menosprezo o que sinto... Por que sou assim? É uma boa pergunta... Você acha isso idiota? Eu deveria era mandar um grande f****-se na sua cara e continuar escrevendo. Mas o que acontece é que eu vou continuar escrevendo e vou estar incomodada com tudo que você ler aqui. Tantas pessoas pra me julgar, nenhuma pra expressar sentimentos. É o que? Muito gay, muito emo, muito o que dessa vez? Sabe o que é pra mim? Muito humano. Sou o tipo de pessoa que acha que sentimentos não devem ser omitidos, guardados ou esquecidos. Você me acha louca? Entra na fila. Por que eu tô sendo agressiva? É insegurança. Se revelar o que a gente pensa ou sente tirasse o peso que essas coisas têm sobre nós ia ser muito bom. Mas não. Normalmente você será apontado, debochado e enfim, esquecido. Cara, eu não devo conhecer alguém mais insegura e mais louca que eu. Isso tem algum sentido? É muito chato? Mas eu preciso fazer isso. E ponto. Me julgue, deboche da minha cara, faça o que te der na cabeça. Porque eu posso até cair, posso chorar, posso me odiar, mas eu vou levantar de novo e continuar meu caminho de loucuras. Talvez eu ache alguém que compartilhe do mesmo mal, talvez não. Eu tenho medo de rejeição. Você tem medo de expressar o que sente. Você não tem medo por você, mas pelos outros. Assim como eu. Dane-se a gente. O que importa são os outros. Por que não mudar isso? Por que não ser mais egocêntrico? É errado? E nesse mundo pessimista que vivemos, em que as pessoas se conformam com as roubalheiras debaixo do nariz, porque não podemos entrar no jogo e pensar em nós mesmos? Sabe o que eu acho? Que têm horas que a gente deve ser muito egocêntrico. (Eu realmente tô de tpm, tristeza seguida de raiva u.u") Deve ser egocêntrico e ficar nojento de tão arrogante. E tem horas que a gente deve ser humilde e reconhecer que estamos errados. Se eu faço isso direito? Nada, acho que só consigo confundir xD. Ah, tem tanta coisa que daria pra eu colocar aqui, palavras jogadas ao vento (e lerê xD) que ninguém irá ler. E isso me atinge ao mesmo tempo que não. Acho que eu vou virar compositora LOL.

Fernando Pessoa

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."