dezembro 09, 2008

Citando o sábio orkut...

"A melhor maneira de prever o futuro é inventar."(Orkut)

huiahuiauhauihiauhaiuhuia XD

>Desculpa aí se eu não dependo mais de você e não te quero mais. Fiz minha vida por aqui e agora sou feliz. ;)

novembro 22, 2008

Quando as coisas não vão bem...

Nem vontade de comer dá, porque parece que não dá pra engolir. Não dá vontade de falar, não dá vontade de agir ou de sorrir. Qualquer gesto mais extremo parece doer em cada ponta do corpo.

Por que você tinha que me deixar lá? E só me escutar quando eu estava implorando silenciosamente? Porque não me deixou lá, com as minhas lágrimas, companheiras eternas. Eu te amo tanto e está tudo tão difícil... Por que tem que ser assim? Tudo parecer tão complicado? São tantas perguntas que eu nem sei responder. Eu estou perdida e preciso me encontrar de novo, pra ter paz.

novembro 11, 2008

Eu realmente só precisava...

Escrever sobre tudo, sobre nada...
Ou gritar, ou chorar, ou apenas ficar em silêncio
Com o olhar desfocado de uma pseudo-filósofa...
Achando que sabe das coisas ou que consegue entendê-las perfeitamente.
(E fazer um daqueles clipes loucos sabe? Penhascos, neve, frio, tudo escuro, tons azuis, brancos... Relâmpagos... Cabelos negros ao vento, braços abertos num vestido gótico, e tudo girando sem parar...)
Ver os dias vindo e indo
E agora vindo... E vindo veloz...
Serei capaz da vitória?
São tantas perguntas e tantas respostas
Talvez eu saiba
Quando despertar.

outubro 16, 2008

'Se o que é errado ficou certo as coisas são como elas são..."

"Isso que acontece com a gente, acontece sempre com qualquer casal, isso... Ataca de repente, não respeita cor, credo ou classe social. Isso parecia que não ia acontecer com a gente..."

Hoje o dia estava estranho e junto a ele, meu humor. Tenho crises constantes de "anti-socialismo", e talvez nesta quinta-feira isso tenha me acometido. Não escrevi nenhum "eu te amo". Não roubei nem procurei nenhum beijo. Apenas me obriguei a fingir que estava tudo bem porque não queria dar explicações. Mas parece que eu finjo muito mal.
O que pode ser? Insegurança, stress, ansiedade? Eu não sei. Só sei que não foi totalmente culpa minha. Cada um teve a atitude exata pra tudo ficar como ficou. Entre brincadeirinhas bobas eu fui relevando, relevando, relevando. Até que elas começaram a me magoar de verdade, por mais que eu soubesse que era da boca pra fora. E a personalidade anti-social ia aflorando, aflorando e chegou ao ápice. A ponto de dizer "vou ao banheiro", ir, sair, não ver e vir direto pra casa sem olhar pra trás, sem pensar muito, sem procurar, até porque eu me conheço e sei o que aconteceria se o visse.
Estava precisando de um tempo pra mim, e acho que tomei a melhor decisão no momento, embora eu não aconselhe ninguém a fazer isso, de largar uma pessoa talvez te esperando. Mas a minha auto-estima foi levemente abalada. Pode ser frescura, mas eu sou frágil pra essas coisas. E não acho que seja frescura, porque se trata dos meus sentimentos, da opinião que EU tenho sobre MIM mesma. Se trata do fato de hoje eu me olhar no espelho e dizer "estou um monstro".
Por que as coisas ruins parecem tão doídas? Será que nós damos a elas mais importância do que deveríamos dar?
Aqui quem escreve é alguém que precisa estar sozinha, em paz, em silêncio, na luz ou de preferência na escuridão para não ser notada.

setembro 30, 2008

Os dias errados

Como uma vida pode mudar tanto em apenas 24 dias? Exagero da minha parte? Talvez. Mas que aconteceram coisas, isso eu posso garantir.
Cursinho começou dia 9, hoje já é 21. Estou sem internet desde o dia 30, e bem, ficar sem internet não está fazendo tanta falta-tirando o fato que não dá pra me inscrever nos vestibulares sem ir numa lan-house. O que me faz falta é a presença constante de algumas pessoas. Não preciso citar nomes elas sabem quem são.
Meu tempo anda tão escasso que nem sobra pra parar e pensar nas minhas besteiras particulares, nos meus conflitos internos. E nem tempo pra sentir falta de pessoas. Semana passada morria de vontade daquela pessoa e hoje, não faz diferença. Isso sempre acontece comigo. Sentimentos vem e vão.
O Deaco foi maravilhoso, as pessoas indescritíveis. Os tios uns queridos. Posso dizer com certeza que foi o segundo melhor fim de semana da minha vida (o primeiro foi quando eu fiz Deaco hahahahaha xD).
Todos os professores no cursinho lembraram de mim -ah que alegria! Mas eu espero sinceramente não ter que vê-los de novo no ano que vem. Caloura UFPR com fé! =P -tudo bem que tem mil meninas querendo fazer contábeis lá, okay, u.u" eu supero... Mas, boa sorte pra mim! E meu tempo vai diminuir ainda mais, há: segunda-feira começo a fazer musculação em frente de casa. Ou seja: acordar cinco e meia, trabalhar das sete à uma da tarde, correr pro cursinho (hohohoho =X), estudar até as seis, vir pra casa, ir pra academia, estudar, dormir. É, nada de tempo. =P

Beijos, beijos, beijos.

Contos e Causos, Causos e Contos

A mudança
Sábado, 30 de agosto, 8:30 a.m.
Carregar caminhão, depenar a casa, deixar os cães sozinhos. E aquela dor no coração não me abandonava, embora eu estivesse animada com a possibilidade de um quarto novo.
Enquanto nada mais eu tinha para fazer, caminhei pelo quarto, agora vazio, sem cortinas, sem cama, sem prateleira, sem guarda-roupa. E apenas uma música cismava em continuar na minha mente. Field of Innocence.
Eu conseguia ver claramente tudo no seu lugar: ainda via minha cama, ao lado da escrivaninha, minhas prateleiras com meus livros, meu guarda-roupa mais ou menos arrumado. Segurava o pranto ao máximo, talvez por orgulho, ou talvez porque a felicidade de estar sofrendo uma mudança sempre vinha logo após o sentimento de saudade. Muitas lembranças foram deixadas para trás, treze anos. Naquela casa em que uma época viveu cheia de crianças, bagunça e muitas risadas. Naquela casa onde houveram as brigas mais feias com minha mãe, com meu irmão. Naquele quarto onde eu dormi, chorei, falei sozinha, ri, fiz as minhas maiores loucuras. Tudo ficará guardado em algum cantinho discreto, mas muito especial.

Primeira semana na casa nova
Como é de se esperar, em toda mudança a casa sempre fica uma bagunça. Mas depois de tudo montado já dá pra ajeitar direitinho, ah! Quarto arrumado de novo! Cds, computador, cama, espelho, guarda-roupa (ih, aí é que está o problema: o guarda-roupa mais ou menos arrumado virou num guarda-roupa totalmente desorganizado. Mas eu tenho todo tempo do mundo pra arrumá-lo).
Meu plano é mudar tudo: quero meu quarto com paredes lilás, cheio de trecos, yin-yang, incenso, tapete, sino de vento de madeira. Vai ficar lindo.
Essa semana foi muito corrida, quase nem tive tempo de arrumar as coisas: trabalho, Deaco (semana que vem!), Enem, reunião, ufa! Só agora, sábado dia 6, uma semana depois é que posso sentar aqui e relatar um pouquinho do que estou passando.
O apartamento é um amor, pequenininho do jeito que eu queria: os mesmos três quartos, banheiro, sala, cozinha. Nada de escadas, apenas as do prédio, que não são muitas-na verdade pra chegar aqui é só um lance. Ônibus bem em frente, quinhentas pizzarias, quinhentos salões de cabelereiro, e duas academias em frente! O que mais eu posso querer? Ah, ano que vem, ser caloura da Federal. Mas isso só vai acontecer com meu esforço, que não é pouco. E semana que vem, começar cursinho de novo. =)

Coisa séria
Foi inevitável. Eu sonhei, eu senti a presença, senti saudades, mesmo sabendo que, qualquer sentimento de minha parte não é recíproco.Talvez eu ache divertido dar murros em ponta de faca. Ou mesmo nem tenha esquecido... Nessas horas é que eu acho que não esqueci. E a vontade de falar e saber que vou ser ignorada, ou que vai tratar com indiferença, me empolga e me angustia[?].
Confusa é como eu me sinto. Um dia é rosa, o outro é roxo. Não consigo decidir entre as duas cores, não consigo ficar com apenas uma. Porque criei a necessidade de ter as duas. E às vezes acho que minhas raízes não mudaram e continuam cor-de-rosa.

agosto 22, 2008

18 regredidos

Venho eu, confessar neste pergaminho velho, todas as minhas angústias, meus conflitos internos e minha falta de paciência.
Venho eu, lembrar-vos que sou humana e tenho meus medos e cometo meus erros.
Mas, venho principalmente confidenciar que minha vontade de voltar a ser criança é imensa. Pode ser um gesto de covardia, por não querer enfrentar os problemas de gente grande, afinal, para uma criança tudo é muito simples, para elas é como se tudo que nós precisássemos caísse do céu na hora exata. E a vida é bela e perfeita.
Quisera eu desfrutar de tanto otimismo, quisera eu deixar o realismo um pouco de lado. Porém a vida parece querer fazer questão de me mostrar que dificuldades existem, e estão em cada esquina. Devo eu desencorajar-me?
Seguirei os meus planos, seguirei os meus sonhos. E quando todos eles tiverem dado certo, ajoelharei agradecendo por cada vitória. Enquanto isso não acontece, deixa-me ser criança de novo? Permita-me ter medo do escuro, chorar quando tiver vontade e ter meus sentimentos respeitados? Permita-me não precisar agir com rispidez, deixe-me apenas só, no meu canto quando eu precisar? Permita-me fechar meu coração que já não quer mais obedecer minhas ordens, pois está tão cansado quanto eu?* Permita-me deixar viver da maneira mais saudável possível, e assim, ficaremos em paz.

*Maurício (Legião Urbana)

julho 27, 2008

Reforma

Pessoas têm momentos, têm humores, têm crenças e pensamentos.
Todo mundo é diferente de todo mundo e ninguém é igual a ninguém. Redundante, mas verdadeiro.
Todo mundo compara sentimentos, mas cada pessoa sente sua dor a sua maneira.
Cada pessoa tem um jeito de lidar com determinada situação e isso não quer dizer que um dê mais importância que o outro.
Certas situações implicam em lições difíceis. Sentimos vontade de desistir, de chorar, de bater, de gritar, de machucar e até de matar ou de morrer. A morte sempre parece a solução mais óbvia e mais fácil. E apesar de termos medo da morte, somos covardes com a vida. Inventar alguma desculpa esfarrapada sempre vai ser mais fácil que encarar o problema de frente. Porque sentimos medo, sentimos preguiça, indisposição ou desânimo. Até lutar pelos nossos sonhos se torna um problema.
Criamos uma visão pessimista de mundo. E alguns otimista até demais, chegando a ser sonhadora. A verdade é que temos que manter o equilíbrio entre a realidade e a auto-confiança. Se um ego for tão grande que não caiba dentro do corpo do próprio dono, temos uma enorme auto-confiança, que geralmente esconde a pior insegurança. Se reclamamos de algo supérfluo, estamos fazendo parte do grande círculo vicioso que é o senso comum. Para o senso comum as coisas sempre serão coisas e ponto final. Elas nunca vão mudar porque surgiram assim. As pessoas tem que ser o que são, e não o que os outros querem que sejam. Nós temos que criar nossos valores, nossas opiniões, nossas críticas. E não devemos ter medo de ser censurados, escrachados ou de ouvir risos estridentes invadindo nossos ouvidos. Colocar a cara a tapa faz do cara mais covarde o mais corajoso.

julho 20, 2008

Reflexão

Às vezes eu acho que de tanto pensar, meu cérebro fundiu. Pensar, pensar, pensar em tudo, na vida, nos problemas de física e de matemática ou em como melhorar a minha redação ou em como eu estou mal em geopolítica ou no quanto quero passar no vestibular.

Graças a um dedinho de Deus (o que eu acredito que foi mesmo) agora eu estou trabalhando e ocupando minha cabeça, ou seja, 50% dos pensamentos inúteis estão indo pro lixo porque não tenho mais tempo pra eles. E o mais importante: tenho prestado atenção em mim mesma e no que eu quero pra mim.

Eu quero ter um futuro, eu não quero ser uma inútil. Eu quero ser independente e parar de me aborrecer por ser sozinha porque eu honestamente sei que a vida inteira foi assim. Sempre no quarto brincando de Barbie sozinha, sempre isolada quando chegava visita. Sempre no meio dos adultos. Não sou nem nunca fui uma garota de muitos amigos, e isso me agrada, porque sei que desses poucos eu realmente gosto e me importo com eles. Sempre fui a garota certinha, quietinha e meio assustada. Quero voltar a ser isso. Quero voltar ao meu verdadeiro foco. E parar de pensar em bobagens. Ser madura não tem nada de divertido, se é que amadurecer quer dizer sair encher a cara na balada com os amigos. Pra mim é retroceder. Às vezes as pessoas precisam retroceder. Às vezes eu preciso retroceder e mandar todos à merda. ;P

A minha sinceridade te assusta? Te retrai? Te faz achar que eu sou uma... Vaca idiota? Pois que faça. Eu não vou mudar por sua causa, porque ela é inútil. E eu não faço questão que você entenda nada. Vá é viver a sua vida do modo que acha que deve viver e pare de perder tempo me julgando. Você só vai me deixar irritada com vontade de socar sua cara, e nós sabemos que isso não adianta nada, apenas pra eu descarregar meu stress. ;)

Sem mais delongas, como diria meu professor de H do B, encerro por aqui. Não gostou? Se doeu? Então fala pra mim... Provavelmente eu te mandarei pro inferno honey... x)

;*

P.S.: Revoltada? Se é o rótulo que melhor cabe, então sim, revoltada. ;)

julho 14, 2008

Ainda não é o final de um sonho. Nunca será. (short da short)

Faltavam alguns minutos para as portas do castelo começarem a se fechar, afinal o sol já estava quase sumindo e a escuridão se aproximava sutil, calma, silenciosa. A quartanista Elizabeth estava sentada à beira do lago negro, parecendo não se importar com o toque de recolher. Na verdade os pensamentos a faziam entrar num grande transe onde havia apenas a solidão. Lizzie encolheu as pernas num movimento involuntário e sem perceber encostou a cabeça nos joelhos. Olhava para frente, mas não olhava. Então passos começaram a se aproximar, e um belo rapaz sentou ao lado dela:

-Moça, já é hora de entrar.

Como se somente aquela voz pudesse fazê-la despertar, Lizzie virou-se para sua esquerda. Encarou o moreno por uns segundos,e comentou em tom breve, quase sussurrando:

-Não vi a hora passar.

-É de se imaginar, com o tempo que você ocupa pensando.

Lizzie riu curtamente e perguntou:

-E você? Que faz aqui fora numa hora dessas?

-Digamos que eu estava voltando ao castelo e mudei de idéia ao avistar uma bela moça solitária e perdida no tempo sentada à beira do lago.

O rapaz sorriu abertamente e Elizabeth viajou naquele sorriso. Ele era um pouco mais alto do que ela, tinha cabelos muito negros arrumados numa espécie de elegância displicente. Sua postura mostrava-o como uma pessoa arrogante, mas os olhos incrivelmente azuis, tão atenciosos, descartavam qualquer possibilidade de antipatia. Lizzie sabia muito bem de quem se tratava. E não fazia idéia do porquê daquele rapaz tão popular ter vindo lhe falar.

Mas é claro, ela não podia imaginar nunca. Tão ingênua, se achava a menina mais desinteressante de todas. Mas Sirius sabia que era totalmente ao contrário. A garota tinha cabelos lisos até a cintura, negros como os dele, uma pele alva, de aparência macia, lábios perfeitamente desenhados num sorriso encantador, e olhos negros como os cabelos. Já ouvira muitos garotos de Hogwarts cobiçarem Elizabeth, e ele não poderia ser diferente, embora fosse mais velho.

-Acho melhor entrarmos. -aconselhou Elizabeth ao encarar o olhar severo da professora Minerva. Sirius procurou a direção em que ela olhava e concordou apressado. Ambos levantaram e foram seguindo para dentro do castelo.

-Então, qual seu nome? -indagou Sirius disposto a puxar algum assunto.

-Elizabeth.

-Prazer em conhecê-la Elizabeth, sou Sirius Black, como você já deve ter deduzido. -comentou ele de maneira descontraída. Não fosse pelo tom que usou, Lizzie o acharia um pretensioso nojento.

-É, você e seus amigos são famosos. -Lizzie respondeu baixo, com as mãos nos bolsos ela olhava para o chão. Sirius riu rapidamente e eles foram conversando até a hora de se separarem e cada um ir para sua torre. Chegando ao pé da escada Sirius virou-se de frente para Elizabeth e sorriu de modo triste.

-É aqui que nos separamos Lizzie. Foi legal ter te conhecido.

-Igualmente. -respondeu ela com toda sinceridade. O moreno começou a subir as escadas na direção oposta.

-Nos vemos amanhã?

-Provavelmente, embora essa escola seja enorme. -comentou Lizzie divertindo-o. Ele sumiu rapidamente pelas escadas e a corvina tomou seu caminho.

Sirius Black... Isn't the final dream yet. Never will be.

julho 08, 2008

Maybe I should?

Coincidências que levaram à lembranças. Momentos que levaram à ilusões. Incomodava a maneira como ele a olhava, de um jeito que parecia entrar em seu íntimo e descobrir seus segredos. E os comentários oh! Irritantes comentários e ao mesmo tempo intrigantes. Ela o queria ver mais vezes, mas só o tempo diria se sim ou se não. Caminhou cabisbaixa para casa, a voz ainda soando em seus ouvidos. Não esqueceria. Não tão cedo.

julho 06, 2008

Desabafo do aborrecimento

Porque eu precisava escrever, mas nem sei por onde começar. Ouvi tanta coisa, vi tantos gestos, coisas que me magoaram de certa forma, coisas que me atingiram no íntimo, coisas que ninguém daria valor, mas eu não sou ninguém. E por não ser ninguém ouvi "meias" críticas desaprovando minha maneira de ser, de agir, de pensar. Ouvi gente que eu admiro dizendo que eu era inconveniente, que eu nunca parava de falar. Ouvi gente que eu sinto apreço censurando o que eu sou, como eu sou. Depois ainda, vindo dizer "desculpe se te disse algo que te magoou,(...) eu me considero seu amigo." E aí é nessas horas que eu me pergunto: será não estou os colocando num pedestal, idealizando pessoas com características nobres? Será que meus amigos de verdade realmente iriam criticar a maneira como sou, se desde o início me conheceram assim, e eu arrisco até dizer, me conheceram de uma forma que jamais me apresentei nem para as minhas melhores amigas? Será que eu realmente posso chamar essas pessoas de amigos? E para mim a resposta é não. Essas pessoas podem ser queridas, simpáticas carinhosas, mas ainda não passam de colegas. Quem sabe algum dia, ou quem sabe em nenhum dia isso mude. Eu posso até vestir máscaras, como sempre venho afirmando, mas a minha verdadeira essência nunca muda, tanto faz a maneira com que me apresente, a Ana de verdade nunca muda porque não precisa mudar, porque é a garota mais incrível que eu conheço mesmo com todos os seus piores defeitos. Se falo coisas severas demais é porque algo não está certo, porque quando estou me sentindo absolutamente bem posso ser a menina mais doce do mundo. São poucas pessoas que tem o privilégio de conhecer essa essência por trás de todas as máscaras. E não porque eu quero que seja assim, mas por puro instinto. A confiança é a chave de tudo.

O ônibus sai 7:00. Acordei 7:09 com a minha afilhada ligando. E aí eu me pergunto porque aceitei sair. Acho que já sei a resposta: mais uma lição pra anotar. Eu estava quebrada, quebrada e feliz. E agora estou descansada e triste por ter perdido a hora e não ter participado do encerramento. Realmente triste. Mas mesmo assim, cada minuto valeu a pena. E ano que vem já está anotado: vou fechar 100% e tenho dito.

Akemi, Ju, Cindy e Daya-apesar da gente nem estar se falando muito, você ainda é minha irmã. Eu amo vocês.

julho 02, 2008

Então eu me olho no espelho e vejo...

Aquela mesma garota comum de sempre. A mesma garota que pensa em coisas sem sentido e tem vontade de discutí-las como se todo mundo achasse que também vive em um filme de comédia-romântica-drama. Aquela mesma garota que quer escrever sobre tudo e acaba não conseguindo expressar nada. Mesmos sentimentos, diferentes formas de tratá-los. É chegada a época de recolher-se, proteger-se do inverno rigoroso e despertar no primeiro dia de primavera. Esquecer das lembranças ruins e do passado e acordar para uma vida nova, em paz comigo mesma.

P.S: Blogger mother fucker u.ú você não me fez desistir... *mata o blogger*

junho 11, 2008

Frustração

Sempre não dá, sempre quando eu quero não pode, tem algum compromisso. E hoje, mais uma vez. Mas essa vez foi, com o perdão da palavra, foda. Tava a fim de passear, esquecer do tempo. Não. Tinha que voltar pra casa. E o que aconteceu? Quando descíamos a rua, foi embora. Maldita, eu poderia ter ficado lá, experimentado a blusa fofa e a saia preta, e poderia ter experimentado a sapatilha fofa com fivela. Mas não. Tinha que voltar. E SIM EU ESTOU BIRRENTA FEITO UMA CRIANÇA DE CINCO ANOS! E não sei porque. Mas estou curtindo isso. Droga, droga, droga, droga. Eu juro pra mim mesma que eu vou sair um dia e me dar um banho de loja. Mas O banho. Vou até escrever. DROGA! ¬¬

junho 04, 2008

Lições

Aprendi a ser ficar sozinha.
Aprendi que há desejo sem amor.
Aprendi que mesmo que demore, nós podemos controlar nossos sentimentos,apesar deles durarem para sempre.
Aprendi que sem meus amigos eu não consigo unir forças contra dificuldades.
Aprendi que a vida nos dá lições cruéis, mas também nos recompensa com momentos maravilhosos.
Aprendi que se não houver paciência não há harmonia.
Aprendi que uma mentira vestida de verdade sempre tentará enganar.
Aprendi a ser tão sincera que já nem sei se é qualidade ou defeito.
Aprendi que há muita diferença entre amar e apaixonar-se.
Aprendi que a paixão só parece mais forte que o amor, ela só é mais intensa.
Aprendi que posso ser tão doce quanto rude.
Aprendi que sou tão teimosa quanto tolerante.
Aprendi que posso mudar minha opinião em dois segundos.
Aprendi que quanto mais transparente mais vulnerável.
Aprendi que existem coisas que nunca mudam e coisas que mudam sempre.
Aprendi que a vida é um grande aprendizado e mesmo que eu morra amanhã ou daqui cem anos não aprenderei tudo.
Aprendi que escutar é importante.
Aprendi que falo demais.
Aprendi a me arrepender das coisas que não fiz.
Aprendi que uma boa noite de sono resulta em um dia produtivo e maravilhoso.
Aprendi que colocar a carroça em frente aos cavalos é equivocado e arriscado demais.
Aprendi que qualquer sofrimento pode ser amenizado.
Aprendi que certas lembranças é melhor esquecer.
Aprendi que a dor é companheira de todos.
Aprendi que mudanças são necessárias.
Aprendi que nem tudo dura para sempre.
Aprendi a viver um dia de cada vez.
Aprendi a me perder e depois me encontrar e não o contrário.
Aprendi que sonho não tem idade.
Aprendi que o que parece ridículo aos outros é agradável à mim e vice-versa.
Aprendi que frases feitas tem menos valor que as frases criadas.
Aprendi que espontaneidade é tudo de bom.
Aprendi a parar de procurar e deixar que venham até mim, sejam coisas ou pessoas.
Aprendi que o otimismo nos dá força para andar metade do caminho.
Aprendi que apesar de tudo isso, serei eternamente leiga, uma mera aprendiz.

junho 02, 2008

Divã, 1999/2000 até os dias atuais.

Voltando da aula hoje pela manhã (mais ou menos meio-dia), comecei a pensar na vida, literalmente. Como se um filminho passasse na minha mente. Porque cargas d'água não faço a mínima idéia, mas é melhor eu me acostumar com reflexões espontâneas, parece-me que irão se repetir.

Se minha memória não falha, desde a quarta série (talvez terceira) eu sempre corria atrás de minhas (supostas) amigas. Eu desejava tanto ser aceita naquele grupinho fechado, vê só! Com nove anos as panelinhas já existiam. De certa forma sim, fiz parte daquele grupo embora sempre ficasse com os piores papéis nas brincadeiras. Só que eu aprendia a gostar deles e no final das contas pra mim eram os melhores que eu poderia ter. Sim, eu sabia muito mais do que elas porque eu pesquisava e corria atrás de tudo que tivesse os assuntos do meu interesse. Exemplo? Spice Girls. Eu "era" a Mel B. Não preciso citar mais nada.

Até a metade dos meus onze anos eu continuava correndo atrás das minhas supostas amigas. Olhando de cima hoje, eu realmente era uma criança doce. Desconfiada, quieta, e por muitas vezes amedrontada. E tão inocente! Com doze anos eu ainda levava uma pequena lancheira vermelha para a escola, não daquelas de plástico, mas umas da Sadia que saíram na época. E achava aquilo o máximo. Um dia uma garota -dessas supostas amigas- me perguntou porque eu ainda levava aquilo para o colégio. Riu e disse que era brega. A partir desse dia passei a levar a lancheira dentro da mochila. Depois de um tempo nem lanchava mais. Fui no aniversário dessa menina na casa dela. Dormi lá. E lógico, excluíram-me. Mas não porque queriam, e sim porque eu não fazia parte de tudo aquilo e ainda estava convicta que fazia. A culpa não foi inteiramente delas -digo inteiramente porque elas gostavam de censurar meu jeito pelas minhas costas e depois fingir que estava tudo bem.

Levou um grande tempo ,eu diria, pra eu aprender que nem sempre procuramos as coisas no lugar certo. E que quando paramos de procurar elas vêm espontaneamente. Posso contar nos dedos as amizades que fiz na escola e que tiveram um significado pra mim. Algumas permanecem até hoje e espero que continuem durando! São pessoas extremamente especiais.

Casualmente eu era uma criança anti-social, e até hoje continuo por vezes com essa mania. Quando não tinha amigas para brincar de boneca, brincava eu sozinha. Me descubro conversando com três ou quatro pessoas ao mesmo tempo, mas no fim das contas sempre pego o ônibus sozinha, sempre chego em casa sem companhia porque em cidade grande todo mundo mora longe. Algumas amizades são temporárias e surgem de uma necessidade social de comunicação(famosos colegas). Minha colega chegou pra mim hoje de manhã e perguntou "Por que você não veio no sábado? Se você estivesse aqui eu tinha ficado até o fim do Projeto." Se eu estivesse lá.. De certa forma eu fiz falta, e ainda de certa forma, me senti bem de ouvir isso.

Mesmo assim sei que me acostumei a ser uma pessoa "sozinha" que não se apega muito fácil de começo porque a vida me ensinou assim, eu aprendi assim com ela. E sabem de uma coisa? A Denise tem razão... Quanto mais bonito é um homem mais burro ele é. Sendo senso comum ou não, passei por essa experiência. E no meu caso essa idéia aplicou-se direitinho. Só faltou citar o cachorro, safado, sem-vergonha, que serve apenas pra ser usado que nem uma roupa. Veste-se e depois que usa joga pro cesto de roupa suja. Demais né? #D Tá Ana e o que isso tem a ver com o que você estava falando até agora? Pra dizer a verdade? Nada. Abêsolutamentê! XD

Kiss =*

maio 28, 2008

Meu Monstro

Estava feliz, estava com alguém que a amava e acima de tudo respeitava. Era verdade que se sentia nas nuvens ao ouvir sua voz, ao ficar junto dele, ao beijá-lo... Então por que diabos naquele dia teve aqueles pensamentos outra vez? Precisava falar-lhe...

O muro era em frente a sua casa, costumava ficar sentada ali em cima observando o anoitecer. Entre a roda de amigos, estava ele. Ele? Ele que não amava, mas que talvez ainda desejava? Que monstro havia se tornado! Todos começaram a tomar o rumo de casa e, quando ele fez questão de levantar-se ela desceu do muro, pousando a mão em seu ombro de maneira calma.

-Preciso falar contigo. -ele virou-se encarando-a com estranheza e desconfiança.

-Sobre o que? -perguntou de maneira mais brusca do que desejava.

-Pode pelo menos ouvir-me dez minutos? -sua expressão era de súplica, seus olhos pareciam marejados. Um pouco preocupado ele deixou-se seguí-la. Foram até outra parte daquele muro, um pouco mais afastada. Encerrando os passos ela voltou a sentar-se, enquanto ele ficou parado de pé, as mãos nos bolsos demonstrando certa impaciência.

-Comece. -falou o rapaz, sem cerimônias. Ela baixou a cabeça, crispando os lábios e olhando diretamente para o chão. Parecia envergonhada do que estava prestes a fazer.

-Pensei em ti hoje.

-Não deveria, sabe disso. -cortou ele.

-Não precisa me dizer o que eu devo ou não fazer, obrigada. -replicou ela, encarando-o profundamente. Ambos já estavam tomados de certa irritação.

-O que ainda quer comigo? Já não basta o estrago que fez em minha vida, ainda quer insistir nessa história? -ela permaneceu calada, as palavras dele penetrando seus ouvidos como facas afiadas. - Estamos bem agora! Você está com alguém que a ama, eu também! Sabe de uma coisa? Você é louca! Completamente louca! E eu jamais entenderei essa sua mente insana! -a essa altura já falava bastante alto e começou a tomar o caminho de casa, como desejava desde o princípio, os passos apressados demonstrando a irritação que sentia.

A menina continuou parada no mesmo lugar, observando-o se afastar. Já não sabia de mais nada. Se deveria arrepender-se, se deveria esquecê-lo e tocar sua vida. A segunda opção era a mais fácil, fugir sempre é a melhor solução quando não há saída. Talvez ele tivesse razão... Talvez fosse louca, pior, tinha uma única certeza: guardava um monstro dentro de si, e o sentimento que essa certeza trazia nem de longe era algo bom. Ao contrário, era horrível, sentia-se suja, imunda, incapaz de controlar seus desejos insanos e cruéis, desejos tais que as pessoas a sua volta machucavam-se e pagavam por eles. E mesmo sabendo da conseqüência continuava a cometer seus impulsos egoístas. Desceu do muro, os olhos inchados de choro. Abraçou as pernas e permaneceu ali. Algumas horas depois alguém a despertava:

-O que está fazendo aí?

-Vendendo bananas. -respondeu com voz sonolenta, mas em tom de deboche.

-Ora engraçadinha, anda, levante! Não pode ficar aí na rua.

-Tanto faz. -finalmente ergueu o rosto para ver quem era. Seu coração parou por um segundo. Acometeu-lhe um desejo de levantar e abraçá-lo. O fez. Ele permaneceu quieto, retribuindo seu abraço. Ela chorava soluçante em seu ombro.

-Mas o que está havendo com você menina?

-Eu sou um monstro. -respondeu ela num sussurro sombrio. -Eu sou um monstro. Me perdoe, por favor, me perdoe...

-Perdoar por que?

-E-eu... Eu ainda desejo-te... Nem sei se já amei-te algum dia, talvez tenha distorcido o desejo em amor... Me perdoe...

Um silêncio horrível instalou-se ali, porém os dois permaneceram abraçados. Ele não sabia o que dizer e detestava isso. Aquela menina sabia como mexer com seus sentidos! Finalmente suspirou profundamente, afastou-se um pouco a fim de fixar-lhe os olhos e disse em tom calmo.

-Não tenho poder de julgar suas ações, nem seus pensamentos. Isso nem seria certo, visto que todos nós cometemos erros. Mas no meu modo de ver você está passando dos limites menina. Está deixando de lado todas as conseqüências que seus atos podem ter e além de fazer os outros sofrerem, sofre também. Páre com isso! Deixe essa garota inconseqüente, você mesma sabe que não é bom ser assim! Prove que pode ser uma pessoa maravilhosa, deixe de ser egoísta. Eu confio na sua capacidade. -a morena sorriu sem graça, os olhos negros encarando-o. Deu-lhe um novo abraço e começou a andar para casa. Ele a observou com um sorriso no rosto e apressou-se para alcançá-la. Ao vê-lo ela sorriu de forma angelical e ao mesmo tempo travessa. Subiu em cima de algumas pedras que havia no caminho e começou a equilibrar-se, os braços abertos. "É apenas uma garotinha confusa que por vezes torna-se mulher e por vezes volta a ser o ser que é..." pensou ele observando-a com um olhar piedoso. O sol já começava a nascer e ambos andavam lentamente, em alguma direção... Era difícil de entender e ao mesmo tempo simples, claro demais.

maio 26, 2008

Sehnsucht

Porque nada mais será a mesma coisa. Toda vez que eu olhar pro Jardim Botânico ou for pro Bacacheri lembrarei da gente. E mesmo estando em casa, lembrarei de você, de cada momento, de cada segundo. Vou sorrir eternamente, invadida pela alegria que a sua presença me trouxe. Seu cheiro, seu gosto, me trarão lembranças do melhor feriado que eu já tive na vida. E se por um desvio do destino, alguma coisa der errado, eu jamais vou me arrepender de tudo que passamos juntos. Eu adoro você, Francisco José Borsatto Pinheiro... Amore mio... ;) ^^

=*

maio 23, 2008

Nada dura para sempre.

"E chega um certo momento que a gente aprende que nada dura para sempre." (Ana Carolina - EU \0/)

Sempre chega a hora da solidão, sempre chega a hora de arrumar o armário... Sempre chega a hora do poeta a plêiade, sempre chega a hora que o camelo tem sede...
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato, na pressa a gente não nota que a lua muda de formato(...) As meninas viram a página do diário.

(O Avesso dos Ponteiros - Ana Carolina)

Sabe... Eu sou um ser humano. Eu cometo erros. Eu me arrependo mais do que não fiz que do que fiz. Mas desta vez, bate-me uma leve pontada de arrependimento por coisas que fiz, por ter dado a chance de tornar as coisas extremamente íntimas. E de olharem para mim como se eu fosse apenas um pedaço de carne exalando desejo. Não, eu não sou isso. Não me julgue, não se baseie em falsas "apresentações" de personalidade pra criar uma pessoa por inteiro. Não idealize, não me coloque num pedestal. Eu ainda tenho 18 anos, eu ainda sou uma menina confusa e assustada demais pra dormir com as luzes apagadas. Eu não quero viver na obscuridade, quero ser transparente, quero ser eu. Pare de me julgar, pare de achar que me conhece, porque você não me conhece. Posso ser criminosa, mas você também é, porque eu sou mais frágil, vulnerável, eu sonho demais. E tenho um monstro dentro de mim, não nego. E ele não se refere apenas a coisas sacanas, mas também a coisas cruéis. Se eu te contasse a história toda, você não acreditaria... E leigo, faria um novo julgamento errado sobre mim. Tenho uma novidade: você não é Deus. Você não é ninguém pra me julgar. Então eu deixo que diga, que pense, que fale, que faça a minha caveira. Me basta saber que as pessoas que eu confio jamais me abandonarão e jamais acreditarão nessas falsetas. Eu te amei, eu gostei muito de você... Mas hoje já não te conheço mais... Você é um estranho.

Encerrado.

maio 15, 2008

Freedom

Naquele dia despertou e descobriu que tinha asas. O desejo de voar tomou conta de cada centímetro de seu corpo, então ela saiu. Passeou pelos mais belos lugares, pelas florestas mais verdes e pelos lagos mais cristalinos. Sentiu as mais suaves brisas e os mais deliciosos perfumes de flores. A felicidade que se apoderava de si era indescritível, mas sabia que era a melhor que já experimentara. Seus olhos percorriam o céu incrivelmente azul e limpo, seus pensamentos voavam tão longe quanto ela. Ao entardecer, sentada à beira de um dos lagos que visitara apreciou o ocaso lentamente. Não quis perder um mínimo detalhe daquele maravilhoso espetáculo. À noite, quando a imponente lua cheia e as estrelas tomavam conta do firmamento adormeceu. Suas asas começaram a ficar negras como a escuridão que se estendia ali. De manhã, um choro silencioso. Havia perdido-as. Teve a liberdade em suas mãos e a deixou escapar.

Liberdade, uma dádiva, uma maldição.

***

"Uns dizem que é dádiva,
Alguns dizem que é um carma.
Existe quem ache que é bom,
Mas também quem acredite que estamos condenados a tê-la.
Por quê?
Nos dá vontade de voar,
Vontade de gritar,
Sentir o vento bater no rosto de braços abertos.
Assusta,
Afinal é infinita, ilimitada,
É um tudo, é um nada,
É um mistério,
Indomável,
Incontrolável,
Compulsiva.
Então a pergunta:
Queres isto para si?
Sabes responder?
Diante de algo tão imprevisível,
Impossível é ter uma resposta certa.
Insensatez,
Insegurança,
Desespero.
O que pode ser verdade,
Diante do desejo de liberdade?"

maio 14, 2008

Saudade, indiferença, desapego.

O que eu realmente sinto? Não sei dizer. Pensar, pensar e pensar. E tentar chegar a uma conclusão inútil, mas cômoda.

Passando pelo mesmo lugar de outrora. Uma certa estranheza tomou conta de mim, nada daquela saudade imensa que se apoderava dos meus pensamentos, mas um desespero contido. Eu precisava sair daquele lugar e me livrar de qualquer lembrança.

E parando novamente pra pensar eu descobri que não pertenço mais àquele mundo. E nem quero pertencer. Quero seguir em frente, não regressar. Quero que meu sonho torne-se real. Quero ser caloura ano que vem.

Às vezes me sinto tão suja. Falar "eu amo você" tem se tornado tão fácil e tão superficial. Diz-se quando se tem vontade, não porque realmente sente. E eu não sei o que eu sinto. Não sei.

***




Rachel estava finalmente ali, na beira do abismo. Estava escuro, uma noite gelada, um vento cortante. Ela se lembrou de como sua mãe adorava referir-se à ela como uma aberração. Menina exageradamente magra, olhos azuis, transparentes como água, pele alva, maquiagem pesada, cabelos negros extremamente lisos que desciam até a cintura. As lágrimas passeavam pelo seu rosto, sem emoção. Nenhuma expectativa, nenhum objetivo. A queda parecia tão convidativa. As ondas do mar quebravam ameaçadora e suavemente. Relâmpagos eram visíveis no céu negro, anunciando forte tempestade. Rachel sentou-se ali, abraçou as pernas pensativa. Não pretendia sair tão cedo. Seu rosto manchado refletia o estado de sua alma, distorcidos em desespero absoluto. Abrupto som de respiração ofegante fez-lhe tomar novamente os sentidos.

-Rachel?

A menina loira aproximou-se. Era quase tão magra e pálida quanto Rachel. Mostrou-se preocupada. Então abaixou-se, sentando ao lado da amiga.

-O que pensa que está fazendo?

-Não sei. Mas não quero voltar pra lá tão cedo.

-Vou ficar aqui contigo.

Rachel sorriu curtamente, e se aproximou mais da amiga. As imponentes asas negras então, fecharam-se quase em união e ambas permaneceram abraçadas esperando o sopro da morte ou uma nova chance de viver.

maio 08, 2008

Mirage

Mais uma noite. Uma noite comum como todas as outras. Ele estava em seu quarto, as portas de vidro da sacada abertas, afinal fora um dia de calor, embora agradável. Vez ou outra uma brisa suave invadia o local, repentina e breve, amenizando o clima quente. Olhou para as cortinas, sentado em frente ao computador. Pareceram tão finas, leves, balançando tênues como se criadas pelo próprio vento. Foi então que um sentimento desceu desagradável pela sua garganta, talvez um suspiro contido ou uma angústia omitida. Esperava ele por alguém? Esperava ele por ela? Voltou o olhar perdido para a tela em sua frente. Mostrava-o um local vazio, morto, silencioso. Não sabia descrever o sentimento que apoderava-lhe a alma. Chorou. Chorou um pranto mudo, mutilado por dentro lentamente. Chorou um pranto que nunca ninguém viu, que jamais existiu. Ao mesmo tempo implorou. Implorou por sua presença, implorou por ela. Em questão de poucos segundos: um estampido sutil, uma luz capaz de cegar os olhos mortais ofuscando a face pálida. Asas imponentes recolhiam-se de modo delicado. A criatura abaixada levantou, enquanto o horror acometia a face do rapaz. Se aproximou afastando-se da porta e sorriu. Um sorriso que iluminou seu coração, o fez livrar-se de qualquer medo. Então ele finalmente a viu: seu anjo.

maio 02, 2008

Acidentalmente Apaixonada

De repente você começa a rir de tudo e achar graça em quase todas as coisas. É difícil conter um sorriso espontâneo e quando o faz, seu coração parece saltar pela boca obrigando-a a utilizar seus músculos faciais, nem que discretamente. De repente caminhar um pouco pra chegar ao destino nem parece tão cansativo, ao contrário, torna-se divertido, pois você passa a reparar na paisagem, nas árvores, no céu, nos pássaros. Em suma, as pessoas estressadas te olham com cara de quem quer xingar tipo "sua boba alegre!". Sim, talvez eu seja mesmo, uma louca, boba alegre, retardada ou qualquer outra coisa que eles gostam de chamar quem não quer esconder que está se sentindo maravilhosamente bem. Acarreta a essa alegria, o fato de várias boas notícias estarem chegando, tornando-a gigantesca e propensa a se dispersar em todos os lugares que visito. E pensar que o maior "agente" de tudo isso é você... :] Me faz sentir tão bem...

Conclusão: apaixonar-se faz bem pra saúde.

:*

abril 25, 2008

Ciúme

Algo que desce dificultosa e amargamente pela garganta. Quando chega ao estômago cai como uma bigorna. Você sente vontade de chorar, gritar, espernear, dizer coisas horrendas para todos em volta -ou apenas o seu alvo sentir toda a dor que você está sentindo. Mas uma angústia tremenda toma conta de seu raciocínio e você não consegue pensar em nada. Desviar o assunto dói, então o melhor mesmo é esvaziar a mente. É uma dor estranha, que deixa seqüelas graças à imensa ira que causa. E a única coisa que se é possível fazer é ficar em silêncio, refletindo. Porque falar também causa dor, como se precisasse de um tremendo esforço. E por último a ressaca. O sentimento bucólico e nostálgico, quase melancólico.

E eu precisava estudar minha apostila de H do B. Droga.

abril 09, 2008

Halo

Eu nunca te prometi um raio de luz
Eu nunca te prometi que o sol brilharia todos os dias
Eu te dei tudo que eu tinha, o bom, o ruim
Por que você me põe em um pedestal?
Eu estou tão alta, que já não enxergo o chão
Então me ajude a descer, você começou errado,
Eu não pertenço a este lugar

Uma coisa é clara:
Eu visto uma auréola
Eu visto uma auréola quando você olha pra mim
Mas estando em meu lugar, você não diria isso
Você não diria isso, se você fosse eu
E eu, eu só quero amar você
Oh oh, eu só quero amar você

Eu sempre disse que cometeria erros
Eu sou apenas humana, e esse é meu último agradecimento
Eu caio e me machuco quando tento
Então não seja cego
Me veja como eu realmente sou, eu tenho falhas e às vezes eu peco
Então me tire deste pedestal,
Eu não pertenço a ele

Uma coisa é clara:
Eu visto uma auréola
Eu visto uma auréola quando você olha pra mim
Mas estando em meu lugar, você não diria isso
Você não diria isso, se você fosse eu
E eu, eu só quero amar você
Oh oh, eu só quero amar você

Porque você pensa que me conhece
Mas você me vê
Como alguém acima de você
Isso é só na sua cabeça
Só na sua cabeça
Eu visto uma
Eu visto uma
Eu visto uma auréola

Uma coisa é clara:
Eu visto uma auréola
Eu visto uma auréola quando você olha pra mim
Mas estando em meu lugar, você não diria isso
Você não diria isso, se você fosse eu
E eu, eu só quero amar você
Oh oh, eu só quero amar você

Haaaa ha-ha, auréola



Música perfeita, infelizmente. Ou felizmente. Comecei meu dia me sentindo sozinha, terminei pensando nas coisas que ouvi e concluí: detesto quando as pessoas não concordam comigo em alguma coisa que está sob os meus olhos. Mas talvez eu é que esteja cega, eu é que não queira enxergar o lado certo da situação. Eu só sei que quanto mais velha fui ficando, mais vontades eu fui fazendo, mesmo que me parecessem loucas ou que parecessem loucas aos outros.

Estou com uma visão muito radical de mundo. Será que pelo que eu passei ao longo desses dois anos? Não. Estou assim porque eu quero, porque gosto de estar assim, mesmo sendo censurada. Várias pessoas vão querer julgar minhas atitudes, mas elas acham que eu me importo? Minha vida pessoal só diz respeito à mim e a quem mais eu quiser colocar a par. Ponto. Eu não quero ser um protótipo, quero ser eu mesma, quero fazer o que eu acho certo, o que eu me sinto bem fazendo, mesmo que pareça loucura, e na verdade não é. Não estou me suicidando com drogas, álcool ou qualquer coisa assim, isso seria louco e até idiota demais. A única coisa que pode sair "machucada" é meu coração, mas mesmo que a queda seja grande, eu vou conseguir levantar e provarei que a vida continua e a fila anda.

Eu tenho medo de uma coisa. Tenho medo de me arrepender de não ter feito nada disso que tive vontade de fazer por pura vaidade, por preocupação do que os outros vão pensar. Por isso tenho andado tão individualista, tão eu. Por isso não quero me fingir de hipócrita, e sei que posso cometer burradas sendo sincera também. Mas eu não quero ter medo de me arrepender do que não fiz. Quero lembrar de todas as coisas boas que consegui realizar. Por isso eu vivo assim. E um dia eu vou ficar mais velha e talvez ache tudo isso uma loucura só. Mas, não quero viver de futuro. Quero ficar aqui, no presente, porque um dia presente e futuro viram passado num piscar de olhos.

Eu não sou santa, eu não sou perfeita, eu não sou nada. Sou apenas eu.

"Sou tudo aquilo o que perdi." (Fernando Pessoa, meu ídolo lol)

Kisses for everyone ;*

abril 06, 2008

Reciprocidade

Palavrão né? Bom, é exatamente dele que eu preciso. Porque tudo que é recíproco é mútuo, é verdadeiro, é espontâneo. E muitas vezes eu sinto falta dessa, digamos, troca.

Sou o tipo de pessoa que se sente bem quando recebe uma prova de carinho, mas não é só um sentir-se bem, é mais que isso. É sentir que sou querida. E quando eu percebo indiferença, frieza, ou algo do gênero, me sinto incomodada, me sinto mal, como se estivesse abandonada. Essa falta do "idem" me deprime, me deixa com vontade de parar de pensar em tudo que eu sinto pra focar em uma única coisa que não me faça ter que voltar a essa idéia sentimentalista. Alguma coisa lógica, racional, objetiva. Tipo estudar, vai ver é por isso que eu me divirto estudando, vai saber, tem doido pra tudo...

Muitas vezes eu sinto vontade de jogar tudo pro alto, de acabar com tudo. Porque de uma hora pra outra as coisas que estavam bem ficam péssimas. Ou vice-versa. Bem que eu queria que o "vice-versa" fosse mais freqüente que o primeiro. Mas, enfim, it's all. Um dia passa =)

(L) ;*

março 10, 2008

Sunrise, sunset

Fato, estou me sentindo estranha. Como não sentia há tempos. Precisamente um mês? Talvez dois. O que é afinal? É uma coisa que eu não sei explicar. É o fato de eu estar perdida e com medo da minha própria sombra. O fato de eu olhar a tempestade que vem lá fora e chegar a tremer de pavor. É a bipolaridade de humor entende? Estar eufórica por algumas horas e depois melancólica, com vontade de ficar no escuro, no silêncio, chorando baixinho. Por que? Não sei. Coisas de mulher? Talvez. Mas eu não gosto quando isso acontece. Não mesmo. O sol sempre nasce e sempre se põe...

fevereiro 21, 2008

Casos do Acaso?

-Amor, onde você está? Onde passou a noite? Por que não veio para casa? -a infinidade de perguntas se seguia junto a voz angustiada do outro lado.
-Estou bem querida. -respondeu ele calmo, pensando em uma desculpa esfarrapada. -Minha mãe me arrastou para a casa dela, disse que estava com saudades e nem me deu tempo de te avisar. -Bingo! Desculpa perfeita, considerando a personalidade da genitora.
-Ah, tudo bem então. -disse ela em tom compreensivo e mais calmo. -A que horas você volta?
-Já estou indo.
-Tudo bem. Te espero, um beijo. Amo-te.
-Outro, amo-te também, não se preocupe. Tchau.
Desligou o telefone, levantou-se e analisou em volta. A casa não era muito grande e passava uma incrível sensação de aconchego. Paredes claras, cortinas de cetim. Ele reparou em uma janela aberta e andou até ela. Deparou com um bilhete: "Quando sair, fecha pra mim, por favor? Obrigada!" Ele sorriu, passou os olhos mais uma vez ali e foi em direção ao banheiro tomar uma chuveirada. Após isso arrumou a cama meticulosamente e seguiu para a cozinha, onde encontrou mais um bilhete. "Café da manhã, não na cama porque você estava dormindo, não quis te acordar. Tenha um bom dia!" Mais uma vez não pôde deixar de sorrir. Como aquela jovem podia ser tão menina e tão mulher ao mesmo tempo? Embora a noite tenha sido maravilhosa, eram desconhecidos um ao outro. Isso devia-lhe causar medo. Mas por que não causava?

***
A jovem caminhava descontraída pelas ruas. Cumpriu todas as suas obrigações no escritório e poderia aproveitar de algumas horas de folga. Parou em frente a uma livraria, interessada. Entrou. Andou por alguns corredores, analisando prateleiras. Parou em uma, interessada pelo título de um livro. Puxou-o, mas ele não veio. Estranhou. Puxou mais uma vez e ele não veio, foi então que percebeu que alguém do outro lado também puxara o livro. Cedeu. Pôde ver os olhos da pessoa. Ficou gelada, pois os reconheceu. Ele também. Sorriu.
-Oi! -disse sem emitir qualquer som, apenas mexendo os lábios.
-O-oi... -respondeu ela no mesmo tom, atônita.
-Querido pode vir aqui um instante? -pediu uma voz feminina, fazendo ambos despertarem do transe. Ele a olhou pela última vez e seguiu para onde a esposa o chamara. A jovem, recobrando seus sentidos aos poucos, logo saiu de lá, sem ao menos olhar para trás.

***

Caminhavam de mãos dadas pela praia, deserta. Era de se esperar afinal estava frio, a brisa gelada brincando de fazer levitar a areia. A todo custo ela tentava ajeitar os cabelos, desarrumados pelo vento. Ele se divertiu com a situação, rindo. Ela o encarou:
-Tá, não vai adiantar não é mesmo? -ele balançou a cabeça negativamente, mas em seguida levou as mãos ao belo rosto da jovem.
-Você está linda. Não se preocupe. -ela sorriu e o beijou de maneira breve, continuando a caminhada em seguida. Depois de um tempo, sentaram-se na areia, observando o mar, o vento cessara razoavelmente. A vasta imensidão das águas e o mistério que transmitiam faziam-a lembrar de alguém. Lembrar dele. Baixou a cabeça por um instante. Não, não podia mais, não agora. As coisas finalmente estavam se encaminhando.
-Amor, vamos? -convidou ele, levantando-se e estendendo a mão para ela, que olhou para ele e respondeu com decisão.
-Quero ficar mais um pouco. Se importa? -ele balançou os ombros, baixou, beijou-a e disse:
-Amo você. -ela sorriu.
-Amo você também. -respondeu. Então ele levantou e caminhou para casa, sob o olhar cuidadoso da namorada. A jovem voltou a olhar para o mar com um pequeno sorriso brincando em seu rosto. Pensava em como sua vida mudara daquele tempo para cá. Não vivia mais de loucuras, tornou-se estável.
O sopro do vento invadia seus ouvidos e ela esvaziou sua mente de qualquer pensamento, como se quisesse se isolar em uma outra esfera. Um rapaz vinha caminhando solitário ao longe, porém ela não notou. Enquanto ele se aproximava tão distraído quanto ela, o sol ia surgindo tímido no céu. Ele andou, andou e finalmente reconheceu aquele rosto. Não pôde acreditar. Sentou-se ao lado dela:
-Você? -ela, despertando, virou-se para ele, no instante seguinte uma expressão surpresa surgia em sua face. Ficou em silêncio. Ambos se olharam por longos minutos, sem dizer nada.
-Isso é loucura. -sussurrou ela.
-Talvez seja destino. -retorquiu ele, sem desviar o olhar.
-Nós não podemos ficar juntos.
-Eu sei.
-Por que insiste?
-A culpa não é minha.
-Eu sei. Desculpa... -ele analisou as mãos da garota e sentiu seu coração parar por um instante.
-Você... -apontou para a aliança.
-Sim. -ela respondeu simplesmente. Ele pareceu estupefato. Voltou o olhar para frente, sem saber o que dizer. A jovem sorriu, acariciou o rosto dele e beijou-o de maneira suave. Em seguida, no mesmo tom baixo disse:
-Nós nunca daríamos certo. -levantou e começou a caminhar. O rapaz a observou por poucos segundos, decidido a fazer alguma coisa. Levantou e segurou em seu braço, puxando-a para si deixando os rostos muito próximos. As respirações vacilantes pareciam se fundir. Não falaram. Ele levou as mãos à cintura dela, abraçando-a. Ela fechou os olhos, em transe. Ele analisou seu rosto.
-Quem é você? Que poder é esse que tem sobre meus sentidos? -perguntou em voz baixa. Ela abriu os olhos, riu e respondeu:
-Faço-te a mesma pergunta.
Almas insanas. Amantes inconseqüentes. Loucos. Vítimas do acaso. É o que eram.

fevereiro 06, 2008

Parque faz bem pra saúde e pra imaginação! =D

Sabe quando você quer sair e quer e quer e não tem ninguém pra sair? Pois é. Ainda bem que eu tenho uma vizinha como a Andreza, ela me acompanha nos meus passeios de índio. (xisdê)

Aí a gente foi no parque ali embaixo, (não tão ali embaixo, é o perto relativamente longe) e sabe, eu precisava ver aquele lago, porque ultimamente as minhas fantasias tem sido com ele. A maioria com certeza acha que é loucura, mas eu não ligo. (Não tem nada relacionado a perversão nisso, se toca! ¬¬) Então a gente sentou na pedra, e nos poucos segundos que se passaram eu consegui pensar em praticamente tudo que eu precisava pensar. Em Hogwarts (sim, em Hogwarts), em eu encostada em uma daquelas palmeiras lendo um livro e parando pra observar o lago por algumas vezes, em como seria legal se do nada aparecesse um rapaz gentil disposto a ter uma conversa produtiva. Só em coisas que hoje, tranformaram-se em conto de fadas. O romance do mundo foi distorcido de uma maneira tão brutal que hoje os sentimentos são banalizados e só o que devemos fazer é ser felizes com futilidades e alienações. Que mundo é esse? Eu não quero viver num lugar assim! E é exatamente por isso que eu me refugio [?] nas fantasias, porque entre o faz de conta e a realidade atual, sim eu prefiro viver no faz de contas. Não tenho escolhas se em ambos eu vou sofrer, prefiro me prender no meu mundinho até que as coisas por aqui voltem ao seu estado normal, porque sim, hoje a Terra está em surto.

janeiro 12, 2008

Já se sentiu assim antes?

Eu nunca imaginei me sentir assim... Totalmente sozinha. Um dia as luzes se apagarão e talvez eu não volte tão cedo...Andando por essa estrada escura, eu não vejo nada. Minha única companhia é a solidão. Eu olho pros lados sem ver nada... Não há ninguém pra me segurar quando eu cair... Estou sozinha nessa, mentindo para mim mesma pra fingir que tudo corre bem. Mas no meu interior eu sei, sei que essa mentira é como uma droga, que me consome aos poucos, até sugar minha essência, minha vontade de viver. É uma mentira na qual sou dependente, na qual me viciei. E não sei o que faria sem ela. Talvez aí é que eu perceba que não serei mais nada, como se virasse poeira que se junta ao vento. Simplesmente sumisse. Talvez por algum tmepo as pessoas sentissem minha falta, mas acho que é pretensão demais pensar nisso. Gostaria de ser apagada, como em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças". Apenas prenda sua respiração e durma eternamente, enquanto o mundo desaba à sua volta.

janeiro 07, 2008

Estar de férias é...

  • Não se preocupar com horário;
  • Ir dormir tarde pra acordar tarde;
  • Acordar tarde pra ficar menos tempo sem fazer nada;
  • Acordar na sexta achando que ainda é segunda;
  • Não ter compromissos (entrega de trabalho essas coisas);
  • Ficar mofando no quarto;
  • Sair pra passear às 9 e só voltar às 23;
  • Não sentir culpa de sentir preguiça;
  • Dormir quando não tem nada pra fazer;
  • Jogar STOP! O.O ;
  • Jogar UNO! O.O ;
  • Ir pra piscina e voltar um tição;
  • Gritar de tédio;
  • Assistir sessão da tarde (huiahuahuiahuihauihauihauhaui XD);
  • Jogar no RPG até 4 da manhã;
  • Cantar no microfone;
  • Olhar pra sua cama, morrendo de sono e voltar a conversar no êmeésseêne;
  • Rir e surtar de bobeiras alheias;
  • Escutar música em ordem aleatória;
  • Chupar sorvete;
  • Fuçar orkuts alheios;
  • Viajar em sites de conhecimento inútil;
  • Ser aluna no rpg;
  • Lecionar no rpg;
  • Encher a cara no baile do rpg O.O;
  • Bobiçar O.O;
  • Falar bobeira no êmeésseêne;
  • Jogar V ou D no êmeésseêne;
  • Convserar em grupo no êmeésseêne;
  • Ligar o microfone no êmeésseêne pra cantar ou falar asneira;
  • Enfim, fazer quase tudo que se faz quando está em aula, mas numa proporção um tantim maior.... XD

Era pra ser uma coisa séria, mas já que virou farra que vire farra! \0/ (xisdê) E viva todos os momentos porque a vida é curta! Sorria, grite, chore, esperneie, durma, troque o dia pela noite, dê gargalhadas de doer a barriga, fale palavrão quando bater o dedo mindinho na quina, ligue o "foda-se" pra qualquer tipo de censura que te fizerem, chupe sorvete, và á praia, xingue quem tiver vontade, estoure na hora que tiver vontade, ria quando tiver vontade, encare as coisas como elas são ou não são, se preocupe e depois se despreocupe, se estresse e depois se desestresse, enfim... CARPE DIEM! ;)

Uma mensagem de Ana Carolina 0/ "Eu aqui óóóóóó!!!!" *aponta pra si mesma* LOL Eu queria aproveitar e deixar um beijo pra minha mãe, pro meu pai, pros meus amigos, pra minha mãe [de novo porque essa é pseudo-mãe], e pra Eliana porque eu não gosto da Xuxa devido ao seu passado obscuro. =P

E ponto!

janeiro 04, 2008

Não me olhe assim...

Há tempos que eu venho notando que seu olhar não é mais o mesmo. O sentimento que percebo não é o de amor maternal, mas o da malícia. Me olha não como sua menininha, mas como uma hóspede, uma estranha, uma mulher acima do peso e cheia de defeitos no corpo. Por que faz isso, se de quem preciso de mais apoio é você? Se era a única que me olhava com ternura, sem ligar para detalhes físicos ou tamanhos ou defeitos? Por que você mudou? Não sou mais a sua florzinha, sou apenas um "mulherão". Que inferno é esse? Eu lá quero saber disso? Eu odeio quando você fala assim, quando me olha assim! É como se eu fosse apenas um corpo, como se eu não tivesse nada de bom na cabeça e nem sentimentos. Eu ODEIO você quando faz isso, tenho vontade de te machucar, de gritar com você, de te agredir verbalmente e gritar que TE ODEIO! NÃO ME OLHE ASSIM! E se for pra continuar desse jeito, que eu suma, que eu fique trancafiada no quarto, que eu não precise mais te ver me olhando dessa maneira. Inferno. E mesmo enjoada, eu consigo me sentir mal com isso.

Fernando Pessoa

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."