dezembro 13, 2010

Deixa eu dizer... Mil coisas em uma?

Tô me sentindo meio presa, meio contida, meio tímida, meio frustrada. Os três primeiros por não estar fazendo uma das coisas que mais gosto com tanta frequência -escrever- e o último que tem algo a ver com isso porque eu realmente acredito demais nas pessoas. Eu diria até que tapei o sol com a peneira. E geralmente não sou assim.
Estou em casa em plena segunda-feira, aguardando a bendita última assinatura do meu contrato de estágio pra poder começar na correria de novo. Foi bom parar por pelo menos um dia, acho que estava precisando.
Aconteceram mil coisas esse ano, mas o que eu posso dizer que de mais importante aconteceu é que eu amadureci na questão sentimental. Ou estava precisando de um incentivo pra realmente mostrar quem é a verdadeira Ana. Não estava sendo eu, não mesmo. Estava submissa, cega, agindo de um jeito irracional. Uma vez minha mãe me disse que gostava da minha sensatez, e por alguma razão eu acabei a esquecendo quando ela era o que eu tinha de mais importante naquele momento.
Andei por uma estrada tortuosa, íngreme. Sufoquei, perdi o ar, perdi o fôlego, as forças. Havia dias que eu queria mesmo era ficar vegetando -literalmente- na minha cama. Pensei até que seria uma boa hora pra morrer -não que eu fosse forçar isso, porque sou totalmente avessa a esse tipo de atitude. Mas eu pensava "Puxa se Deus quiser me levar essa seria uma boa hora..."
É uma dor inexplicável. Vem sorrateira, devagarzinho e vai roendo seu coração lentamente. E naquele lugar onde antes havia algo batendo por amor, sobra um vazio, um grande buraco. Me sentia tão fraca, doente... Mas ao mesmo tempo reagia, sim, na minha cabeça quando eu acordava eu dizia "isso tudo vai passar, pode ser amanhã ou depois, pode ser que vá nessa semana e na outra volte, pode ser que demore um mês que parecerá uma eternidade, mas vai passar." Acreditem, passa. Mas deve ser uma das piores dores do mundo e eu não a desejaria nem para a pessoa que eu tenho a maior das antipatias.
Me disseram que era o único jeito de eu amadurecer e dar mais valor a mim mesma. Talvez fosse mesmo. A minha sorte é que eu mal tinha tempo pra pensar na dor porque ia pro estágio cedo, faculdade à noite e exausta, chegava em casa e dormia. Mas nas horas de distração, lá estava ela, a dor. Talvez a "grande dor" descrita no livro "A Cabana" sentida por outro motivo. Esse livro me ajudou muito. Não só esse, mas todos que eu devorava quando tinha algum tempo livre.
Só que não foi fácil. Quando eu estava prestes a me curar -pelo menos era o que me parecia- eu ia atrás ou a causa da dor vinha até mim. Eu queria gritar pra se afastar, pra me deixar em paz, pra esquecer que eu existia. Mas o resquício do que eu sentia antes parecia ser mais forte até mesmo que a dor. O único problema é que eu sabia que quando aquilo acabasse a dor viria novamente, feito uma faca enfiada no meu peito. Caramba, que fase! Não fossem minhas ocupações e outras preocupações eu realmente estaria no fundo do poço. Ver meu conto-de-fadas se desmoronar em cima de mim ao mesmo tempo em que parecia se transformar em uma energia muito negativa que ria da minha cara como se eu tivesse caído na armadilha direitinho.
Muito, muito, muuuito cruel. É o que eu posso dizer. E acho que está me fazendo bem colocar isso tudo pra fora.
Mas como uma amiga disse "depois da tempestade sempre virá a bonança". E eu me agarrei a isso desde o início e não me arrependo. Talvez eu esteja na defensiva demais, amedrontada demais, mas eu ainda vou aprender a manter meu equilíbrio. E se eu puder indicar livros que me ajudaram à beça nessa fase pra toda mulher-mesmo que ela não esteja passando por isso ou nunca tenha passado, esses livros são:

-A Cabana
-O que toda mulher inteligente deve saber
-Homens gostam de mulheres que gostam de si mesmas
-Por que os homens amam as mulheres poderosas?

Os que eu mais gostei foram o primeiro e o terceiro. Mas fica a dica e acho que todas nós deveríamos ter um desses em casa. É como um manual de sobrevivência, literalmente.

E depois de tantas palavras, eu termino por aqui um texto improvisado, que foi saindo de pouco em pouco, traçando frases que estavam presas em meu coração e precisavam urgentemente se libertar. Aos poucos vou me curando... =)

See you =*

dezembro 06, 2010

Se contos-de-fada não existem e isso já me foi provado mais de uma vez, por que eu insisto em acreditar neles?

Então Jim chega e diz tudo que Melinda precisa ouvir naquele exato momento. E ele se torna maravilhoso apenas por estar ali e ser quem é. Perfeito... Demais.
E Landon leva Jamie para a divisa entre dois estados fazendo o desejo dela de estar em dois lugares ao mesmo tempo se tornar real. E isso é tão bobo e perfeito...
E quantos casais perfeitos mais eu poderia citar? Posso ter vinte anos em várias coisas, mas em algumas me sinto com cinquenta e em outras me sinto com quinze... Amores verdadeiros, perfeitos, declarações de amor, flores apenas por ter vontade de presentear... Sabe eu posso ser alvo de piadas idiotas, posso afastar as pesssoas por isso... Mas por mais que eu tente negar e esquecer, essa minha essência romântica, doce e sonhadora jamais me deixará. E por que? Porque eu sou assim, gosto de ser assim e não quero que isso se perca nas malícias e maldades que existem por aí. Não tenho vergonha de ser quem sou, mas tenho medo de sofrer... De novo. Já tive meu coração partido diversas vezes, meus sonhos caindo em cima de mim... E mesmo assim continuo a acreditar que um dia haverá um príncipe. Disfarçado de sapo... Eu devo ser mesmo muito teimosa...

outubro 31, 2010

Happines is a beautiful sunset

I think this storm went to a lonely place, where it can't confuse or scare anyone anymore. I think that peace is coming. =)

outubro 10, 2010

I'm so sick of speaking words that no one understands...

Am I really shooting in the dark? Cause I am really feeling fear. I don't know what is the next step that I am walking, I don't know what is the right thing to do. Am I wrong? Shouldn't I try once again? Is it just fear? Should I ignore this? There are so many questions without answers... I'm feeling lost and confused.

outubro 09, 2010

Novidades? Sim, eu tenho.

Sabe, não estou gostando muito disso. Às vezes massageia meu ego, mexe com a vaidade, mas eu realmente não preciso disso. Elogio é bom, mas tudo que é em excesso faz mal. E eu acho que estou feliz agora, ou pelo menos estou tentando buscar a felicidade. Se estou indo ou não pelo caminho certo não vou saber até alguma coisa me mostrar isso. Só sei que estou feliz por estar tentando ser feliz. E sabem, vocês podiam me deixar sozinha agora. Eu não preciso disso pra viver, eu não sou uma carente desesperada. Deixem-me em paz okay? ;) Eu adoraria ser uma boa amiga, mas não acho que seja isso que vocês estejam procurando e se não se contentam com minha amizade, bem... Lamento.

agosto 15, 2010

Carta para Deus

Olá Pai... Estou escrevendo essa carta como forma de expressar como está meu humor nos últimos tempos, e também para agradecer todas as coisas boas que o Senhor coloca nesse caminho tortuoso e árduo, fazendo com que ele se torne um pouco mais leve... Como o Senhor sabe, eu não ando lá muito bem, me sinto triste muitas vezes, angustiada e de coração partido. Sabe Pai, essa dor é muito cruel, porque ela me engana. De repente ela se afasta e parece que não vai voltar mais, e dali um tempo, ela volta. Acho que nunca tinha considerado a hipótese de não dar tanta importância ao fato de sentir vontade de chorar em público, de me sentir triste quando preciso, de derramar as lágrimas como forma de ir curando esse ferimento. Às vezes Pai, parece que não vou aguentar. Mas aí o Senhor me mostra o sol brilhando tão forte, as flores desabrochando de maneira tão bela, as crianças me lançando um olhar de compreensão e alento, a Lua como se estivesse sorrindo pra mim. Então eu choro e me acalmo. Esse caminho está sendo tão difícil, e o Senhor sabe, que às vezes me pergunto o porquê de ter que percorrê-lo. O Senhor conhece bem minhas manias. Pai, às vezes me sinto como se tivesse cinco anos, às vezes como se tivesse quinze, às vezes como se tivesse uns sessenta. E apesar de pensar e questionar todas essas coisas, no fundo eu sei, tenho fé nisso, de que foi melhor assim, de é que preciso ser assim, pra eu me tornar mais forte, mais sábia, mais cuidadosa. No fundo eu sei que isso vai passar um dia, e enquanto não passa eu oro para que a dor amenize, que ela pare de me incomodar tanto. Eu sei que ela vai passar, acredito nisso. E acredito no seu amor, no seu cuidado e que todas essas coisas que acontecem têm um motivo maior, que será benéfico para todos. Antes sofrer agora do que tornar tudo isso uma bola de neve. Sabe, eu começo a pensar que muita coisa não era do jeito que eu fantasiava, agora é como se a névoa que encobria meus olhos tivesse se dissipado e eu pudesse perceber tudo com mais clareza. Isso também ajuda e muito. E eu termino agradecendo todas as bençãos maravilhosas que o Senhor me deu e dá: minha família, meus amigos verdadeiros e tudo quanto eu possa perceber a beleza, sejam flores, sejam gestos de bondade e carinho. Todas essas pequenas partes de amor vão me curar. Sei que essa doença não irá durar eternamente e sei que o Senhor olha por mim. E tudo vai ficar bem, ficarei de cabeça erguida e me sentirei feliz de novo, daqui algum tempo. Feliz e em paz comigo mesma. Sua filha, Ana.

agosto 14, 2010

Parece que quanto mais eu tento, mais eu lembro...

Me sinto triste. Me sinto triste por não entender verdadeiramente os reais motivos. Quanto mais eu penso -e isso parece incontrolável- menos eu entendo. Como alguém pode deixar de gostar tão rápido? Então não gostava sinceramente. E eu fiz tantos planos, que agora parecem tão distantes... Me sinto um pouco perdida, um pouco doente. Eu ergui a cabeça sim, mas os ferimentos ainda continuam muito vivos em meu coração. E eu não sei quanto tempo vou precisar pra que eles cicatrizem. Estou tendo recaídas e recaídas, estou sentindo falta. Está sendo difícil. Quando começo a pensar em você, até sorrio, mas começo a lembrar dos seus defeitos. Eu não gosto deles, mas mesmo assim não me importo. Ficaria ao seu lado mesmo com seus defeitos. Estou confusa, estou sofrendo, e então dou risada, sorrio, mas a dor ainda continua ali e parece estar me adoecendo... Às vezes acho que preciso de ajuda...

julho 31, 2010

Vamos falar de um assunto sério?

Sim, é sério porque se tratam de sentimentos. Tantas coisas aconteceram num espaço pequeno de 30 dias. As sensações são engraçadas pra mim, elas vêm e vão tão rápido... As dores que parecem irremediáveis acabam se tornando suportáveis. Algo que eu pensava não conseguir olhar sem chorar, sem sofrer, sem sentir dor, hoje me sinto tão forte para enfrentar de fronte erguida. Me sinto diferente, mais madura, mais racional, mais forte. Não me sinto como se tivesse 5 anos e fosse totalmente vulnerável. Sinto que já passei por quase todas as dores mais comuns que existem. E tenho orgulho em afirmar que sobrevivi a todas elas, não é claro, sem a ajuda de um cara muito bacana o qual chamamos Deus. Tenho fé nele, sinto que ele me ama como filha e me protege quando assim o peço. Me envia desafios, os quais também servem ao meu crescimento, e não me queixo deles, pois neles tenho a oportunidade de ir mais longe, de evoluir. E na verdade isso é mais importante que qualquer outra meta. Ser humanamente boa, sensata, respeitar aos meus sentimentos e aos dos outros. O mais, tipo ser feliz, é consequência.

:)

junho 13, 2010

Sofisma

Ora, e lá estava ela, olhando para aquele rapaz fixamente, porém com pensamentos confusos e sentimentos perdidos. Era uma massa de tanta coisa que ela mal sabia o que estava sentindo. Não havia dor, não havia alívio, não havia trégua, só havia vazio. Vazio, sem sombras, sem tudo, apenas vazio. Às vezes tinha a impressão de que seus sentimentos eram manipulados por ela mesma. Se queria sentir amor, sentia, se queria sentir ódio, sentia, se queria sentir nojo, sentia, se queria sentir vontade de rir sentia. Seria o cérebro capaz de controlar os sentimentos, sempre vistos como algo paralelo à racionalidade? Ou na verdade ela é que não possuía sentimentos?
Aquele vazio era tão incômodo e ao mesmo tempo tão reconfortante. Como se tudo fosse manipulado apenas por vontade de sair da rotina, de saber como é sentir. E na verdade ninguém sente, ninguém sofre? É tudo por vontade própria? Aquilo era tão louco...
Ela o olhava ainda fixamente, e de seus olhos úmidos brotaram lágrimas, deslizando pelo seu rosto alvo e frio. Caiu de joelhos, fraca, indefesa. Ele a observou cair e nada fez. Pouco depois, deu meia volta e partiu, deixando a menina vazia, vagando em seus pensamentos, ali, deitada, independente, apenas precisando domar sua dor, dor essa que ela mesma havia criado e fugira de seu controle.

abril 21, 2010

Metamorfose




A gente vai crescendo e percebe que nossos ideais são diferentes dos de nossos colegas. A gente vai crescendo e percebe que aquelas farras já nem são mais tão divertidas. A gente vai crescendo e talvez até vá ficando com manias "velhas" demais. Nós vamos crescendo e nos tornando responsáveis, preocupados em atingir nossos objetivos pessoais e profissionais. A gente vai crescendo e traçando metas. A gente vai crescendo e começa a amar de verdade. A gente vai crescendo e fazendo sonhos se tornarem realidade. A gente vai crescendo e aprende que diversão não está só naquilo que é divertido pra maioria das pessoas.Talvez a gente fique chato, talvez brega, talvez "fora da casinha" pra alguns. Mas a verdade é que a gente é feliz assim e não tá nem aí pro que o fulano pensa. A gente quer mais é viver a vida do nosso jeito.

abril 11, 2010

Como confiar?

Essa foi uma matéria muito interessante do programa CQC (Custe o que custar). Acho que a maior parte das pessoas já assistiu ou ouviu falar do programa. Eu fiquei super indignada com as desculpas e a falta de educação e moral dos participantes desse "rolo". Atitudes assim só fazem piorar a desconfiança e a imagem que temos dos políticos. Assistam aos vídeos e depois, por favor, respondam a pergunta-título do post. Beijos!

Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5

abril 06, 2010

"Trabalho" de faculdade

Organizações e Planejamento de Recursos Humanos. Eu sabia que em algum momento eu postaria algum assunto que eu achei interessante da faculdade aqui. xD Esse é o primeiro -de muitos provavelmente. Só espero ter tempo pra poder colocar aqui.

Plano de ação para ser feliz no trabalho.

O primeiro passo é acreditar na própria capacidade de realização. É desgastante ter um pensamento negativo de que as dificuldades impedirão o sucesso. Todas as dificuldades trazem consigo a oportunidade de um novo aprendizado, assim como os benefícios também trazem essa tarefa de aprender algo novo. O segundo passo é esforçar-se de modo que o próprio indivíduo se satisfaça e tenha consciência do seu empenho no alcance dos objetivos. O terceiro e último passo é ser flexível, estar disposto a receber novas idéias e críticas construtivas, para que assim consiga trabalhar em equipe, requisito atualmente essencial para trabalhar em uma empresa.

E vocês o que acham? Como ser feliz no trabalho? =)

;*

fevereiro 20, 2010

Se tudo de bom durasse para sempre...

A vida não teria a menor graça. Já imaginou se todos os dias fossem perfeitos sem nenhum defeitinho? Que aprendizado nós teríamos? É por isso que eu acredito que a perfeição está na imperfeição. Todos os obstáculos, as más notícias, enfim, as situações desagradáveis da vida trazem consigo a oportunidade de um aprendizado, basta sabermos aproveitá-la. Nós guiamos nosso caminho fazendo escolhas, e assim seguindo o rumo da nossa estrada.

E se todas as situações legais durassem para sempre também não teriam a mesma graça, a mesma emoção ou a mesma alegria. Tudo se tornaria comum, uma rotina maçante. Por isso o sentimento de saudade e as lembranças boas devem ser curtidas da melhor maneira, para que não nos lamentemos(?) pelo que passou e já foi embora, mas que tenhamos o desejo de momentos semelhantes e que possam ser cada vez melhores. A expectativa que devemos alimentar deve ser sempre positiva, assim rumamos para a felicidade e serenidade plena. Viva cada segundo como se fosse o segundo mais precioso de sua vida.

;*

fevereiro 01, 2010

(Talvez) a maior felicidade do mundo e (com certeza) a menina mais feliz do mundo.

(Tá eu tô enrolando faz tempo pra escrever esse post, agora tá na hora! Que coisa! xD)

Dia 7 de dezembro de 2009

Quando saiu a relação dos aprovados pra segunda fase quem me contou foi o Cris (namorado), por telefone porque eu não conseguia acessar a internet. Antes de ele ligar eu estava muito ansiosa porque dei meu número de celular pra um amigo do cursinho, o Lennon e ele ficou de me ligar quando visse meu nome, ele estava na Carlos Gomes. Eram duas horas e ele não me ligou. Eu desliguei o celular morrendo de medo, achando que não tinha passado. Dois minutos depois meu telefone toca e o Cris diz "Oi amor, você passou!". Eu parecia uma boba chorando no telefone aliviada, porém sabendo que teria uma tarefa mais complicada pela frente. No sábado da redação eu estava muito calma, talvez por já conhecer a etapa, talvez por estar segura dessa vez. Não deu outra: olhei as propostas e só faltei gritar de alegria -na verdade por dentro eu estava gritando- parecia que a prova tinha sido feita pra mim. Porém, no domingo essa confiança foi significativamente abalada. A maior culpa disso foi do tempo. Duas horas e meia que se passaram como quinze minutos. Fiquei nervosa, errei coisas que julgo babaquice ter errado e saí chorando da prova. Nervosismo atrapalha tudo, nunca se esqueçam disso. Duas pessoas vieram falar comigo -isso foi o mais engraçado. Me consolaram dizendo que meu nome estaria lá com certeza. Não vou dizer que essas palavras me reconfortaram totalmente. E a aflição durou até janeiro.

(não dá pra enxergar, mas fica de lembrança)

Dia 22 de janeiro de 2010

Primeiro a minha mãe me deu um baita susto: ela caiu do nada de joelhos no chão, no saguão do trabalho dela. E o joelho dela ficou inchado tiveram que buscar gelo e tudo. Antes disso eu estava relativamente calma, almoçamos tranquilos (eu, minha mãe e o Cris). Depois da queda e de eu ter trocado de roupa (colocado roupa pra tomar banho de lama XD) nós descemos até a praça. A mãe e o Cris estavam mais nervosos que eu, mas quando começamos a entrar naquele mar de gente meu coração disparou. Na verdade estava quase na hora do resultado sair, devia faltar uns 5 minutos no máximo. Conseguimos encontrar o meu pai e de brinde (hahahaha) achei uma amiga que eu não via há séculos, a Rafa. Ela estava lá com o namorado e um amigo. Foi aí que eu comecei a chorar de nervosa, aquele cara em cima do trio elétrico maldoso ever: ficava tocando aquela sirene de presídio a cada minuto -essa sirene soa quando o jornal chega com o resultado, mas o cara avacalhou: não dava pra saber nunca quando tinha chegado o bendito jornal. O resultado atrasou e lá por 14:10 os jornais começaram a voar. Eu fiquei só olhando do cantinho que eu tava -o Cris foi buscar um jornal pra mim- mas aí veio um jornal quase que na minha direção e não tinha ninguém atrás do cara, que não tinha conseguido pegar esse jornal. Eu mais que ligeira (hahahaha) fui correndo e peguei no ar, mas ele conseguiu pegar também. Eu devo ter olhado com uma cara de desespero tipo "PELO AMOR DE DEUS DEIXA EU VER MEU NOME AÍ" e ele cedeu. A mãe quis pedir desculpas, mas enfim, eu peguei o jornal, pareceu que demorou décadas até eu encontrar o meu nome, mas ele estava ali. No instante seguinte eu gritei e pulei que nem uma louca e devo ter largado o jornal no chão. Entre muitos abraços e um choro emocionado eu me ajoelhei e agradeci a Deus por ter conseguido -eu prometi que faria isso. Nisso o amigo da Rafa disse pra ela vir me ajudar porque ele achou que eu estava desmaiando hahahaha. No instante seguinte eu levantei e fiquei procurando o Cris. Quando a mãe apontou ele no meio de um bando de gente eu cheguei perto dele disse que passei e literalmente pulei no colo dele. Ele me abraçou forte, e eu ria muito. Aí fui atrás dos meus professores, fiz festa com eles, tirei foto. Um deles, o Júlio Cézar, de História Geral, cortou uma ponta do meu cabelo (depois de uma cena hilária de mim correndo desesperada pra trás da minha mãe, do meu pai e por fim do meu namorado. Sim eu achei que ele ia cortar todo o meu cabelo hahahahaha! E o culpado disso eu nem digo quem foi!

(também não dá pra enxergar, mas fica de lembrança)

Depois desse fuzuê todo nós ainda fomos pro Agrárias, lá na lama. Eu me joguei, rolei, passei a mão no rosto, foi uma alegria! ;D Ainda bem que nós encontramos uma amiga da mãe cuja a filha passou também, em Nutrição. Nós fomos no porta-malas do carro, cheias de lama e gritando coisas do tipo "FEDERAAAAL", "PASSEEEEEI", "CONSEGUI", "UHUUUL" até ficarmos roucas. Foi um dos dias mais divertidos da minha vida, sem dúvida alguma.






A melhor parte disso tudo é saber que meu sonho se tornou real, que eu realmente consegui. Todo o meu esforço, todas aquelas aulas que pareciam intermináveis às vezes, aquele calor que me fazia passar mal, a luta contra o cansaço e sono, valeu a pena. Perdi todos os feriados do ano, mas ganhei minha vaga na Universidade. E não qualquer Universidade. É Federal do Paraná. E hoje, dia 1° de fevereiro eu fui fazer minha matrícula, às nove da manhã.

Parabéns a todos que passaram e praqueles que não conseguiram dessa vez, não desistam. Eu digo isso de coração e por experiência própria, esse foi o meu terceiro vestibular. Se é realmente o sonho de vocês, agarrem com toda a força que for necessária, não meçam esforços, vão à luta. Quando também verem o nome de vocês na lista dos aprovados vão entender o que eu digo, e quando eu digo que faria tudo de novo do mesmo jeitinho, sem tirar nem pôr. Porque vale a pena. Vale MUITO a pena. Essa felicidade é realmente inexplicável.







Adoroooooo *-*(L)

Assinado,

Ana Carolina Carneiro, caloura de Administração UFPR 2010.

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Fernando Pessoa

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."