novembro 30, 2007

R.I.P.

E na verdade é a insegurança que me prende,
Esse silêncio que me cala,
Eu me sinto desprotegida.
Me sinto sem armas pra me defender...
E quando eu grito todos reagem.
Só queria liberdade, queria um lugar onde eu não precisasse mais chorar,
Onde eu pudesse sorrir com pessoas amistosas,
Onde eu não precisasse sentir dor, por ser quem eu sou...
Onde ser quem sou não fosse crime.
Onde eu fosse aceita.
Me leva pra ver as estrelas?
Me leva pra perto do mar?
Me leva pra um lugar bom, onde eu não precise explicar nada.
E que ninguém grite "dane-se" pros meus sentimentos,
Onde haja respeito mútuo.
E se não houver lugar assim, me leva pro silêncio, pra escuridão, onde eu possa dormir um sono mórbido e sonhar eternamente...

novembro 25, 2007

Ira!

Viagem de formatura sem descrições: maravilhosa, sensacional, perfeita. Risos e fervos rolando soltos, dancei até o pé gritar de dor, chorei, zoei, fui zoada, enfim, aconteceu de tudo. E quanto eu digo tudo foi TUDO mesmo. Da parte boa, dizer que os passeios foram muito legais -principalmente o da escuna, na qual eu me encharquei um mooonte e pulei pro mar \0/, e ainda por cima levei um meio-tombo XD hahahahahahaha.

Monitores? Noooossaaaaa da hora o Japa, Laranjinha, Pequena, Xocolate,Paludo, Ramon, Bolacha... Os melhoreeees! ;D Muitas risadas e muitas piras com esse pessoal :] As baladas sem comparação!!! Floripa Music Hall do outro mundo mermooo XD.

Mas, agora, eu queria falar sobre uma coisa que me atormentou durante os quatro dias e que eu não pude deixar passar despercebida. Foi impossível, aliás, não notar. Eu me estressei? Siiiim. O pessoal até chamava de sova grossa e eu confesso, tava mermo. Tinha umas horas que era só pedrada. Só que eu tive meus motivos, apesar de parecer bobeira pra maioria, que aliás [2] não conhece a história inteira porque seria realmente inconveniente falar sobre ela. Basta saberem que nesses quatro dias eu conheci a ira. Eu desejei que uma pessoa se ferrasse, se fudesse e tava pouco me importando pras merdas que ela dizia. Todo mundo falava dessa tal pessoa e com certeza ela reparava, óbvio, só se for muito obtusa. Mas eu senti raiva. Senti muita raiva, cheguei a chorar de raiva. Fiquei indignada, mandei um monte de gente ir praquele lugar e tava deixando todo mundo de cara por causas dessas minhas grosserias. Às pessoas que não tinham nada a ver com meu stress eu peço desculpas, às que me provocaram eu digo "quem fala o que quer escuta o que não quer" e à essa tal pessoa em especial, meu, eu quero que sinceramente vá a merda e que eu não precise ficar olhando pra cara dela todo dia. Gostaria de xingar aqui de tudo falar de todas as vadiagens e vagabundices que fez, xingar de puta e mandar acordar pra vida, porque se continuar se tratando como lixo assim não terá quem respeite. Tratarão como tal. Deveria era acordar pra vida e se valorizar, antes que vire numa acompanhante de executivo...

Sincera ao normal, muito sincera quando impaciente. Isso pode me trazer complicações e as pessoas ficarem com vergonha de mim depois, mas eu sou assim e acho que vai ser difícil mudar, até porque eu não quero. Só se for por agum motivo extremamente necessário: se for por birra de adolescente, xi meu filho, já tem uma fila que me acha uma grossa. Então vai pro final dela e boa sorte.

novembro 20, 2007

Suave Caos

Os dois extremos. Finalmente eu sinto, finalmente eu sei o que é. Estou eufórica porque tô quase passada de ano e tem viagem de formatura na quinta. E estou triste, extremamente triste, porque fui privada de conversar com alguém de quem gosto muito, alguém que confidencio segredos que nunca confidenciei pra minha melhor amiga. Uma pessoa que eu sei que posso contar tudo, desde a coisa mais fofa ao ato mais sórdido e não irá me julgar radicalmente. Estou aborrecida porque tô uma gorda e vou estar horrível na viagem. Estou alegre porque minha sala é perfeita, estou triste porque o ano está acabando e porque fui uma merda no vestibular. E porque ano que vem não vai mais ter nada disso. Ou cursinho ou faculdade.

Incrível. Tal acontecimento me traz grande euforia... E uma tortuosa agonia. Tem um quê de verdade e um quê de ironia. Não sei lidar.

novembro 14, 2007

Recadinhos Carinhosos ^^

À você que acha que tá abafando falando besteira. Você não se toca não? Acha mesmo que o que faz é engraçado ou digno de um riso? Que é isso, orgulho ferido porque não me teve? Quer saber o que eu acho de ti? Deve ser a pessoa mais chata do mundo, a mais retardada e a mais sem noção. E ainda acha que tá por cima da carne seca, isso me dá nojo! Eu sinto asco por você! Pelo amor de qualquer coisa me mira, mas me erra falou? Esqueça que eu existo porque eu já tô a ponto de esquecer que você existe. Sua amizade não vale a pena pra mim. Some!

À você que até agora não tomou sequer uma atitude pra ajustar nossa situação. Sério, eu já desisti. Não tenho muita paciência pra essas coisas não, e se eu não signifiquei nada importante a ponto de você nem se manifestar tchau e bença. É bom ser sua amiga, mas qualquer pessoa vê que não é bem assim.

À você que subestima minha inteligência. Quer um conselho? Não faça isso. Não faça se não quiser a minha extrema antipatia por ti.

À você que debocha da minha cara. Já se olhou no espelho? Sabe, aquela frase "antes de olhar o rabo dos outros olhe o seu" não é só uma intenção pornográfica de falar. É um recado com uma frase sensata.

E finalmente, à você, que eu ainda cismo. Eu me odeio tanto por não conseguir esquecer que você existe. Mas, agora, tempos novos, talvez eu consiga, pois não vou precisar de te ver todos os dias... E metade de mim já desistiu de você, então já é um progresso.

E FIM.

novembro 05, 2007

Era uma vez...

Uma menina chata e sem graça. Apagada. Uma garota que sentiu saudade do passado, medo do futuro e indiferença pelo presente. Um dia seu sonho foi ser protagonista da grande peça que chamamos vida. Depois percebeu que não era bem assim. Ao meu ver, ela nem tinha motivos pra existir, não fosse a alegria e orgulho que causou em seus genitores, visto que isso poderia ser motivo de otimismo. Mas não foi.

Era uma vez uma menina com sonhos, com receios e com planos. Sim, ela sonhava acordada. E às vezes chegava a ser irritante de tão realista. Era uma boa amizade? Sim, muito boa. Mas quem liga pra essas coisas? Vamos adiante.

Era uma vez uma menina que queria ser ouvida para mudar a situação e não sabia como. No fim das contas morreu de desgosto e mau humor e deu lugar à alguém que ela mesma desconhece. O que ela tem a dizer hoje? Vão todos à merda, já que é oportuno demais se importar com os outros.

Ponto final.

Fernando Pessoa

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."