fevereiro 20, 2010

Se tudo de bom durasse para sempre...

A vida não teria a menor graça. Já imaginou se todos os dias fossem perfeitos sem nenhum defeitinho? Que aprendizado nós teríamos? É por isso que eu acredito que a perfeição está na imperfeição. Todos os obstáculos, as más notícias, enfim, as situações desagradáveis da vida trazem consigo a oportunidade de um aprendizado, basta sabermos aproveitá-la. Nós guiamos nosso caminho fazendo escolhas, e assim seguindo o rumo da nossa estrada.

E se todas as situações legais durassem para sempre também não teriam a mesma graça, a mesma emoção ou a mesma alegria. Tudo se tornaria comum, uma rotina maçante. Por isso o sentimento de saudade e as lembranças boas devem ser curtidas da melhor maneira, para que não nos lamentemos(?) pelo que passou e já foi embora, mas que tenhamos o desejo de momentos semelhantes e que possam ser cada vez melhores. A expectativa que devemos alimentar deve ser sempre positiva, assim rumamos para a felicidade e serenidade plena. Viva cada segundo como se fosse o segundo mais precioso de sua vida.

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fevereiro 01, 2010

(Talvez) a maior felicidade do mundo e (com certeza) a menina mais feliz do mundo.

(Tá eu tô enrolando faz tempo pra escrever esse post, agora tá na hora! Que coisa! xD)

Dia 7 de dezembro de 2009

Quando saiu a relação dos aprovados pra segunda fase quem me contou foi o Cris (namorado), por telefone porque eu não conseguia acessar a internet. Antes de ele ligar eu estava muito ansiosa porque dei meu número de celular pra um amigo do cursinho, o Lennon e ele ficou de me ligar quando visse meu nome, ele estava na Carlos Gomes. Eram duas horas e ele não me ligou. Eu desliguei o celular morrendo de medo, achando que não tinha passado. Dois minutos depois meu telefone toca e o Cris diz "Oi amor, você passou!". Eu parecia uma boba chorando no telefone aliviada, porém sabendo que teria uma tarefa mais complicada pela frente. No sábado da redação eu estava muito calma, talvez por já conhecer a etapa, talvez por estar segura dessa vez. Não deu outra: olhei as propostas e só faltei gritar de alegria -na verdade por dentro eu estava gritando- parecia que a prova tinha sido feita pra mim. Porém, no domingo essa confiança foi significativamente abalada. A maior culpa disso foi do tempo. Duas horas e meia que se passaram como quinze minutos. Fiquei nervosa, errei coisas que julgo babaquice ter errado e saí chorando da prova. Nervosismo atrapalha tudo, nunca se esqueçam disso. Duas pessoas vieram falar comigo -isso foi o mais engraçado. Me consolaram dizendo que meu nome estaria lá com certeza. Não vou dizer que essas palavras me reconfortaram totalmente. E a aflição durou até janeiro.

(não dá pra enxergar, mas fica de lembrança)

Dia 22 de janeiro de 2010

Primeiro a minha mãe me deu um baita susto: ela caiu do nada de joelhos no chão, no saguão do trabalho dela. E o joelho dela ficou inchado tiveram que buscar gelo e tudo. Antes disso eu estava relativamente calma, almoçamos tranquilos (eu, minha mãe e o Cris). Depois da queda e de eu ter trocado de roupa (colocado roupa pra tomar banho de lama XD) nós descemos até a praça. A mãe e o Cris estavam mais nervosos que eu, mas quando começamos a entrar naquele mar de gente meu coração disparou. Na verdade estava quase na hora do resultado sair, devia faltar uns 5 minutos no máximo. Conseguimos encontrar o meu pai e de brinde (hahahaha) achei uma amiga que eu não via há séculos, a Rafa. Ela estava lá com o namorado e um amigo. Foi aí que eu comecei a chorar de nervosa, aquele cara em cima do trio elétrico maldoso ever: ficava tocando aquela sirene de presídio a cada minuto -essa sirene soa quando o jornal chega com o resultado, mas o cara avacalhou: não dava pra saber nunca quando tinha chegado o bendito jornal. O resultado atrasou e lá por 14:10 os jornais começaram a voar. Eu fiquei só olhando do cantinho que eu tava -o Cris foi buscar um jornal pra mim- mas aí veio um jornal quase que na minha direção e não tinha ninguém atrás do cara, que não tinha conseguido pegar esse jornal. Eu mais que ligeira (hahahaha) fui correndo e peguei no ar, mas ele conseguiu pegar também. Eu devo ter olhado com uma cara de desespero tipo "PELO AMOR DE DEUS DEIXA EU VER MEU NOME AÍ" e ele cedeu. A mãe quis pedir desculpas, mas enfim, eu peguei o jornal, pareceu que demorou décadas até eu encontrar o meu nome, mas ele estava ali. No instante seguinte eu gritei e pulei que nem uma louca e devo ter largado o jornal no chão. Entre muitos abraços e um choro emocionado eu me ajoelhei e agradeci a Deus por ter conseguido -eu prometi que faria isso. Nisso o amigo da Rafa disse pra ela vir me ajudar porque ele achou que eu estava desmaiando hahahaha. No instante seguinte eu levantei e fiquei procurando o Cris. Quando a mãe apontou ele no meio de um bando de gente eu cheguei perto dele disse que passei e literalmente pulei no colo dele. Ele me abraçou forte, e eu ria muito. Aí fui atrás dos meus professores, fiz festa com eles, tirei foto. Um deles, o Júlio Cézar, de História Geral, cortou uma ponta do meu cabelo (depois de uma cena hilária de mim correndo desesperada pra trás da minha mãe, do meu pai e por fim do meu namorado. Sim eu achei que ele ia cortar todo o meu cabelo hahahahaha! E o culpado disso eu nem digo quem foi!

(também não dá pra enxergar, mas fica de lembrança)

Depois desse fuzuê todo nós ainda fomos pro Agrárias, lá na lama. Eu me joguei, rolei, passei a mão no rosto, foi uma alegria! ;D Ainda bem que nós encontramos uma amiga da mãe cuja a filha passou também, em Nutrição. Nós fomos no porta-malas do carro, cheias de lama e gritando coisas do tipo "FEDERAAAAL", "PASSEEEEEI", "CONSEGUI", "UHUUUL" até ficarmos roucas. Foi um dos dias mais divertidos da minha vida, sem dúvida alguma.






A melhor parte disso tudo é saber que meu sonho se tornou real, que eu realmente consegui. Todo o meu esforço, todas aquelas aulas que pareciam intermináveis às vezes, aquele calor que me fazia passar mal, a luta contra o cansaço e sono, valeu a pena. Perdi todos os feriados do ano, mas ganhei minha vaga na Universidade. E não qualquer Universidade. É Federal do Paraná. E hoje, dia 1° de fevereiro eu fui fazer minha matrícula, às nove da manhã.

Parabéns a todos que passaram e praqueles que não conseguiram dessa vez, não desistam. Eu digo isso de coração e por experiência própria, esse foi o meu terceiro vestibular. Se é realmente o sonho de vocês, agarrem com toda a força que for necessária, não meçam esforços, vão à luta. Quando também verem o nome de vocês na lista dos aprovados vão entender o que eu digo, e quando eu digo que faria tudo de novo do mesmo jeitinho, sem tirar nem pôr. Porque vale a pena. Vale MUITO a pena. Essa felicidade é realmente inexplicável.







Adoroooooo *-*(L)

Assinado,

Ana Carolina Carneiro, caloura de Administração UFPR 2010.

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Fernando Pessoa

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."